Nuvem de gafanhotos avança rumo ao Sul do Brasil
Insetos
responsáveis por fenômeno, situados a cerca de 250 quilômetros da fronteira do
RS com Argentina, podem ocasionar danos às lavouras e pastagens
Com informações da Agência Brasil
Autoridades do setor agropecuário, bem como produtores rurais, estão preocupados com o avanço de uma nuvem de gafanhotos em direção à região Sul do Brasil. Os insetos geradores de tal fenômeno, localizados a aproximadamente 250 quilômetros da fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina, podem ocasionar prejuízos às lavouras e pastagens, caso haja infestação.
De acordo com informações da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural gaúcha, repassadas pela Agência Brasil, a nuvem de insetos – pertencentes à espécie Schistocerca cancellata –, se origina das províncias paraguaias de Formosa e Chaco, onde há culturas de cana-de-açúcar, mandioca e milho. A dieta dos gafanhotos, variável conforme a espécie, se constitui de folhas, cereais, capins e outras gramíneas.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informa, por meio de nota, que está acompanhando o fenômeno em tempo real.
Além disso, a pasta “emitiu alerta para as superintendências estaduais de Agricultura e aos órgãos estaduais de Defesa Agropecuária para que sejam tomadas medidas cabíveis de monitoramento e orientação aos agricultores da região”, visando a adoção, em caráter eventual, de providências para combater a praga, caso a nuvem comece a penetrar em solo brasileiro.
Influência da temperatura
Ainda conforme o Mapa, especialistas argentinos estimam que a nuvem de insetos – cuja ocorrência e deslocamento são influenciados pela temperatura e circulação dos ventos –, prossiga rumo ao Uruguai. As elevadas temperaturas contribuem com frequência para o surgimento do fenômeno.
O ministério também afirma que os gafanhotos foram introduzidos no Brasil no século XIX e, já no período entre de 1930 e 1940, causou enormes perdas às lavouras de arroz no Sul. Todavia, o inseto, desde então, tem permanecido em sua fase “isolada”, fato que não provoca danos à produção do cereal.
Especialistas estão avaliando “os fatores que levaram ao surgimento desta praga em sua fase mais agressiva”, além de que a nuvem possa estar associada a uma conjunção de fatores climáticos, salienta comunicado do Mapa.
Já a Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul orienta os produtores rurais do estado a notificar à Inspetoria de Defesa Agropecuária da sua respectiva localidade se há incidência de gafanhotos em grande quantidade.
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