Galeria 4 do Museu da Misericórdia: Galeria dos benfeitores da Santa Casa, sala da antiga Provedoria e Galeria de Pintores

Fotos: Hugo Gonçalves, captadas em 20 de maio de 2017, durante a Semana dos Museus

Matéria atualizada em 17 de julho de 2020, às 23h23


Introdução

Na presente galeria da série sobre o Museu da Misericórdia, que este jornalista publica excepcionalmente nesta terça-feira (23), estão disponibilizados, a seguir, os registros fotográficos da galeria dos benfeitores da Santa Casa da Bahia – cujos quadros, na verdade, encontram-se dispersos pelo Salão Nobre e pelos corredores –, da sala da antiga Provedoria e da Galeria de Pintores.

Mais uma vez as subdivisões vêm introduzidas por textos sucintos, elucidando as características de cada dependência investigada.

Neste período de quarentena, este jornalista e responsável pelas imagens abaixo aproveita a oportunidade para que todos os leitores deste blog apreciem em casa mais esta galeria virtual, bem como as próximas, a serem publicadas aqui todas as semanas, preferivelmente às segundas-feiras.

 

1. Galeria dos benfeitores da Santa Casa

Boa parte das pinturas que retratam alguns benfeitores da Santa Casa de Misericórdia da Bahia – que assiduamente tinham o privilégio de exercer a função de Provedor – entre os séculos XVII e XIX está exposta entre as janelas laterais do Salão Nobre, como vimos na galeria anterior, ao passo que os demais retratos estão fixados nos corredores.

Confira, a seguir, esses preciosos quadros, encomendados a pintores desse período, que foram restaurados antes de permanecerem em exposição no Museu.

1.1. Retratos expostos no Salão Nobre

Antônio da Silva Paranhos, tenente-coronel

Antônio Vaz de Carvalho, comendador

Domingos Barbosa de Brito

Francisco da Silva, capitão
Reprodução/Tour Virtual do Museu da Misericórdia

João de Matos de Aguiar, capitão

Manoel da Silva Friandes

Manoel José de Figueiredo Leite

Sebastião Soares

1.2. Retratos expostos nos corredores

Manoel Alves da Silva Braga

Militana Martins Ramos

Raimunda Porcina de Jesus, que alforriou os escravos da Filarmônica dos Chapadistas


2. Sala da antiga Provedoria

Designado em tempos pretéritos como Secretaria ou Casa do Despacho, o ambiente teve sua construção ocorrida em simultâneo com o Salão Nobre, no primeiro quartel do século XVIII. Segundo informações constantes na placa alusiva à sala, foi na Casa do Despacho onde foram tomadas as providências necessárias à implementação das decisões ratificadas pelo Consistório da Santa Casa de Misericórdia.

“Ali era o espaço por excelência do Provedor, onde se dava sequência a contratos de obras na igreja e se supervisionavam consertos numa enfermaria do hospital ou o aluguel de tumbas para os enterros”, explica a placa.

No século XIX, outras matérias passaram a ser objeto de mediação do Provedor, a exemplo do trato com a polícia sobre o destino de expostos e menores infratores e da responsabilidade por escravos tratados no hospital. Ainda conforme a placa informativa, “num tempo de culto materialista ao progresso, essas providências de natureza laica ganharão espaço na Provedoria, indicando já uma nova mentalidade.”

Com relação aos atributos artísticos do espaço, vale a pena destacar o forro do seu teto, executado pelo mestre carpinteiro português João de Miranda Ribeiro – também responsável pela concepção da cobertura do Salão Nobre –, e as pinturas retratando alguns provedores da Santa Casa no século XIX.

No que tange à decoração, merecem especial atenção a luminária com suas cinco lâmpadas e os requintados artefatos de mobiliário, como a antiga mesa de trabalho do Provedor, confeccionada em madeira maciça.

2.1. Aspectos decorativos da sala


2.2. Antiga mesa de trabalho do Provedor 

2.3. Cadeiras, com os retratos de antigos provedores acima 

2.4. Pintura da Virgem Maria


3. Galeria de Pintores

Pelas laterais dos corredores do Museu, se encontram os retratos dos pintores que tiveram a honra de reproduzir artisticamente, sob encomenda da Santa Casa da Bahia, os rostos de alguns dos seus provedores e benfeitores, encomendados a pintores “como prova de reconhecimento e gratidão”, conforme assinala a placa informativa, fixada no referido espaço.





Continua na próxima galeria, disponível em 29 de junho.

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