Testes com vacina de Oxford indicam sua eficácia contra novo coronavírus

Resultados promissores, que demonstraram segurança de nova vacina no combate ao transmissor da Covid-19, foram publicados em conceituada revista científica

Com informações do Jornal da Cultura, da TV Cultura


Mil voluntários foram submetidos a experimentos nas duas primeiras fases
Reprodução/YouTube/Jornalismo TV Cultura


Os primeiros resultados com a vacina elaborada pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, indicaram a sua eficácia no combate ao novo coronavírus, produzindo-lhe resposta imune. As promissoras conclusões do estudo, ainda em caráter preliminar, foram publicadas na revista britânica The Lancet, um dos mais conceituados periódicos científicos do mundo.

Nas duas primeiras fases, mil voluntários foram submetidos a experimentos com a nova vacina, desenvolvida por pesquisadores de Oxford em parceria com o laboratório farmacêutico AstraZeneca, também britânico. Graças à aplicação vacinal, os participantes produziram anticorpos e células-T para inibir a propagação do agente transmissor da Covid-19, mas nenhum deles apresentaram efeitos colaterais graves.

“A vacina demonstrou um perfil de segurança aceitável, e o reforço homólogo fez aumentar as respostas dos anticorpos. Esses resultados, juntamente com a indução de respostas imunes celulares e humorais, ajudaram na avaliação em larga escala dessa vacina candidata em um programa da terceira fase, que está em andamento”, escreveram os cientistas.

Quanto à terceira etapa, ela mobiliza 50 mil voluntários, incluindo brasileiros. Nela, os pesquisadores buscam saber se existe alguma eficácia para um grande contingente de indivíduos que irão aplicar a vacina de Oxford, bem como o tempo de duração dos anticorpos para se proteger do contágio pelo novo coronavírus.


Governo britânico já negociou com desenvolvedores a compra de 100 milhões de doses da vacina
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Autoridades pedem cautela

Considerados promissores, os resultados divulgados na The Lancet foram bem recebidos por autoridades, que reivindicam cautela com relação à vacina. “Ainda chegamos lá”, declarou o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, sobre a previsão de lançamento até o final deste ano. O governo daquele país já negociou com a AstraZeneca e a renomada universidade, visando à compra de 100 milhões de doses do novo produto.

Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) parabenizou os cientistas de Oxford pelo sucesso na realização dos testes, porém alertou que ainda há um longo caminho a ser percorrido. Segundo o diretor-geral, Tedros Adhanom, não é preciso esperar pela vacina. “Temos que salvar vidas agora”, destacou, durante reunião na sede da entidade, em Genebra, na Suíça, nesta segunda-feira (20).

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