Resgatando um sofrido povo
Dedico convictamente este extenso, maravilhoso
E informativo poema, elaborado por um nordestino,
Aos milhares de sobreviventes e às dezenas de mortos,
Vítimas do maior apocalipse acontecido na região.
Expresso, aqui e agora, minha liberdade de opinião.
Estamos vulneráveis a sucessivos holocaustos
Que fazem sacrificar a vida nos nossos rincões.
Pessoas dramática e espontaneamente desabrigadas,
Lamentavelmente desaparecidas pela ação aquática,
Dezenas de entes queridos explicitamente falecidos.
E informativo poema, elaborado por um nordestino,
Aos milhares de sobreviventes e às dezenas de mortos,
Vítimas do maior apocalipse acontecido na região.
Expresso, aqui e agora, minha liberdade de opinião.
Estamos vulneráveis a sucessivos holocaustos
Que fazem sacrificar a vida nos nossos rincões.
Pessoas dramática e espontaneamente desabrigadas,
Lamentavelmente desaparecidas pela ação aquática,
Dezenas de entes queridos explicitamente falecidos.
Contribuímos deliberadamente para a reconstrução
Das reminiscências e das exuberantes paisagens,
Zonas rústicas e urbanas litorâneas e interioranas
Das maravilhas alagoanas e pernambucanas,
Restaurando paulatinamente a vida humana.
Foi por intermédio e submissão do tempo ruim
Que gerou um problema para nossa humanidade.
Residências corroídas, memórias esquecidas,
Comércio interrompido e logradouros alagados.
Um dilema de dimensão seriamente prejudicial.
Nosso Nordeste é um Norte nobre e notável,
Refúgio da mais valiosa cultura brasileira,
Onde germinam milhões de produções literárias,
Onde inventam milhões de músicas populares,
Onde desenvolvem mais artes e intelectualidades.
Lutamos por um novo e reluzente horizonte,
Por uma nova aurora nordestina luminescente,
De uma civilização progressivamente lúcida,
De uma sociedade florescentemente nítida,
De uma população autonomamente híbrida.
Estamos felicíssimos por sermos orgulhosos
Em virtude de sermos conterrâneos nordestinos
Antônios, Clementes, Paulos, Marias,
Joões, Joanas, Pedros, Prudentes, Cristinas,
Romeus, Julietas, Sebastianas e Severinos.
Incentivamos o constante resgate de multidões,
O socorro urgentemente necessário para defendê-las,
Contrárias ao nascimento de pérfidas calamidades,
Contrárias à geração de lacrimosas enfermidades,
A favor de boas obras, de milagres e de felicidades.
Toda a população brasileira colabora, com mérito,
Em benefício de uma das regiões mais carentes,
Providenciando gêneros de primeira necessidade,
Batalhando como um cuidadoso exército de salvação,
Favorecendo a cooperativa harmonia popular.
A partir do consentimento e dos auspícios do povo
Do Nordeste tropical, solidariamente combinado
Com o Norte, o Centro-Oeste, o Sudeste e o Sul,
Uma oportunidade de fundamental importância
Garantirá a longevidade da nossa sobrevivência.
Indubitavelmente, a força, o amor e os prodígios
De Deus são capazes de superar as catástrofes
Provocadas pelas últimas enchentes hibernais
Que, por sua vez, são astronômicas tempestades
Maiores do que vulcões combustíveis subterrâneos.
O que queremos neste abençoado território
Não é trabalhar em privilégio de uma minoria.
Vamos organizar mutuamente procissões, desfiles,
Caravanas, passeatas, cortejos e manifestações,
Objetivando unificar a nossa grandiosa maioria.
Sob nossa responsabilidade e tutela de Deus,
Precisamos adquirir, multiplicar e compartilhar
Alimentos e medicamentos a fim de se concretizar
Desejos, sonhos, quimeras e projetos perdidos
E, por conseguinte, conquistar possíveis amizades.
Nossos tetos não podem ser maculados, nem mutilados,
E tampouco desastrados pelos efeitos temporais.
Logo depois desse deplorável descalabro regional,
Nosso esplêndido povo nordestino clama lucidamente
Ao Senhor por miríades de consolos e de suprimentos.
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