Doria anuncia início da produção da Coronavac no Brasil
Governador paulista afirma que anseio pela vacina contra novo coronavírus, cuja capacidade diária de fabricação será de 1 milhão de doses, é nacional
Com informações da 151ª coletiva de imprensa do governo de São Paulo, transmitida pela TV Cultura
Matéria atualizada em 12 de dezembro de 2020, às 19h53
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quinta-feira (10) um feito histórico no enfrentamento à Covid-19 no Brasil: o início da produção da vacina Coronavac. Tendo seus insumos fornecidos pelo laboratório chinês Sinovac, o imunizante, cuja capacidade de fabricação chegará a 1 milhão de doses por dia, pretende salvar as vidas de milhões de brasileiros.
Segundo Doria, como o anseio pela vacina é nacional, doze estados já negociaram a aquisição da Coronavac – os paulistas serão os primeiros a recebê-la, em 25 de janeiro, data do aniversário da maior cidade do País –, ao passo que 912 municípios também manifestaram interesse formal em obtê-la para a imunização dos trabalhadores da área de saúde nesses entes federados. Para isso, serão disponibilizadas 4 milhões de doses na primeira etapa.
“Não é só São Paulo que tem pressa. É o povo brasileiro, que quer voltar à normalidade. O novo normal depende da vacina. Uma vacina segura, eficaz, com credibilidade e que permita a imunização de milhões de brasileiros, em São Paulo e em outros estados do País”, disse em coletiva na sede do Instituto Butantan, onde o imunizante, que mesmo ainda não tenha sido registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), já começou a ser produzido.
João Doria salientou ainda que, para elaborar as doses da vacina contra o novo coronavírus, a fábrica do Butantan – que até então operava em regime de escalas – passa agora a funcionar 24 horas por dia, 7 dias por semana. Com o propósito de reforçar a produção do imunizante, a gestão estadual autorizou a contratação de mais 120 técnicos do órgão, agregando-se aos 245 profissionais que já estão diretamente envolvidos na empreitada.
De acordo com o tucano, o
estado de São Paulo será incumbido em ajudar todas as unidades da Federação que
solicitarem a Coronavac, bem como os municípios, em prol de um esforço comum:
salvar vidas. “Somos uma República Federativa, e devemos atuar em sintonia,
sobretudo num momento tão grave como este, para vencer a insensibilidade, a
falta de compaixão e o dever e a obrigação de iniciarmos imediatamente a
vacinação dos brasileiros”, discursou.
Vacina independe de ideologia
João Doria afirmou ainda que é preciso ter humildade e reconhecer experiências bem-sucedidas no Brasil e no exterior, além de eliminar todo e qualquer viés político, ideológico e eleitoral acerca da vacina em um País onde milhões de pessoas já foram infectadas pela Covid-19, milhares já perderam suas vidas pela doença e outros tantos poderão seguir o mesmo drama.
“Todos os governos (federais), independentemente das suas posições, das suas ideologias, dos seus posicionamentos, souberam agir de forma integrada com os estados, para proceder à imunização dos brasileiros em outras situações, com outras vacinas e em outros momentos”, explicou.
O anúncio da produção da Coronavac no Instituto Butantan, nas palavras do governador de São Paulo, representa o esforço do Executivo estadual em ajudar a construir uma parte da boa história de uma instituição de renome internacional que preza pela confiança, eficiência e produtividade prestes a completar, em fevereiro do próximo ano, 120 anos de fundação.
E, para ilustrar essa
oportunidade histórica, mencionou uma frase do notável cientista Vital Brazil (1865-1950),
fundador e primeiro diretor do Butantan: “A única felicidade da vida está na
consciência de ter realizado algo útil em benefício da comunidade”. “E em
benefício da comunidade, da ciência, da saúde e da vida, nós aqui temos a
vacina. Viva, portanto, a vacina do Butantan. Viva essa instituição de 120 anos
de existência. Viva a vida e viva o Brasil”, encerrou Doria.
Assista, abaixo, à íntegra do discurso do governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), proferido durante coletiva nesta quinta-feira (10) que anunciou o início da produção da Coronavac, no Instituto Butantan.
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