Observação participante: vivenciando vidas peculiares
A observação participante consiste na
presença real do conhecimento na vida da comunidade, do grupo ou de uma
situação determinada. Segundo Boni e Quaresma (2005), ela se distingue da
observação informal ou comum, na medida em que pressupõe a integração do
pesquisador ao grupo pesquisado. Nessa perspectiva, “o pesquisador deixa de ser
um observador externo dos acontecimentos e passa a fazer parte ativa deles”
(BONI; QUARESMA, 2005, p. 71). Esse tipo de coleta de dados fez com que ele
adotasse temporariamente um modo de vida próprio do grupo que está sendo
pesquisado.
A partir daí, pode-se definir observação participante como “a técnica pela qual se chega ao conhecimento da vida de um grupo a partir do interior dele mesmo” (GIL, 1999, p. 113). Introduzida pelos antropólogos no estudo das civilizações primitivas, essa técnica passou a ser utilizada também pelos mesmos estudiosos ao estudar comunidades e subculturas específicas.
Mais tarde, a observação participante passou a ser adotada como instrumento fundamental nos estudos que integram a “investigação alternativa”, “pesquisa participante”, “investigação participativa” ou “pesquisa popular” (BRANDÃO, 1999). Ela pode apresentar dois modos distintos: o modo natural, quando o observador é pertinente à mesma comunidade ou ao mesmo grupo que investiga essa observação; e o artificial, quando ele se integra a outro grupo com o propósito de realizar uma investigação. Nesta última modalidade observativa, o observador geralmente percebe mais problemas do que na observação natural.
A partir daí, pode-se definir observação participante como “a técnica pela qual se chega ao conhecimento da vida de um grupo a partir do interior dele mesmo” (GIL, 1999, p. 113). Introduzida pelos antropólogos no estudo das civilizações primitivas, essa técnica passou a ser utilizada também pelos mesmos estudiosos ao estudar comunidades e subculturas específicas.
Mais tarde, a observação participante passou a ser adotada como instrumento fundamental nos estudos que integram a “investigação alternativa”, “pesquisa participante”, “investigação participativa” ou “pesquisa popular” (BRANDÃO, 1999). Ela pode apresentar dois modos distintos: o modo natural, quando o observador é pertinente à mesma comunidade ou ao mesmo grupo que investiga essa observação; e o artificial, quando ele se integra a outro grupo com o propósito de realizar uma investigação. Nesta última modalidade observativa, o observador geralmente percebe mais problemas do que na observação natural.
Em primeiro lugar, precisa decidir se revelará o fato de ser um pesquisador ou se tentará a integração no grupo utilizando disfarce. Depois, precisa considerar, no caso de não revelar os objetivos da pesquisa, se as suas atividades disfarçadas podem prejudicar algum membro do grupo, e, nesta hipótese, se os resultados que vierem a ser obtidos são tão importantes para prejudicar sua aquisição com esses riscos. (GIL, 1999, p. 113)
Em relação a outras modalidades observativas, a
observação participante apresenta algumas vantagens e desvantagens. As
vantagens dessa observação são facilitar o rápido acesso a dados referentes a
situações habituais em que os membros das comunidades se encontram envolvidos,
possibilitar o acesso a dados que a comunidade ou o grupo considera de domínio
privado e a captação de palavras de esclarecimento que acompanham o
comportamento dos observados. Suas desvantagens se referem, em particular, às
restrições delimitadas pela assunção de papéis pelo pesquisador, que pode ter
sua observação restrita a uma parcela da população investigada.
Referências
BONI, Valdete; QUARESMA, Sílvia Jurema. Aprendendo a entrevistar: como fazer entrevista em Ciências Sociais. Em Tese: Revista Eletrônica dos Pós-Graduandos em Sociologia Política da UFSC, Florianópolis, v. 2, n. 1 (3), jan./jul. 2005. Disponível em: http://www.journal.ufsc.br/index.php/emtese/article/view/18027/16976. Acesso em: 10 nov. 2012.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues (Org). Pesquisa participante. 2ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1999.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 1999.
Referências
BONI, Valdete; QUARESMA, Sílvia Jurema. Aprendendo a entrevistar: como fazer entrevista em Ciências Sociais. Em Tese: Revista Eletrônica dos Pós-Graduandos em Sociologia Política da UFSC, Florianópolis, v. 2, n. 1 (3), jan./jul. 2005. Disponível em: http://www.journal.ufsc.br/index.php/emtese/article/view/18027/16976. Acesso em: 10 nov. 2012.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues (Org). Pesquisa participante. 2ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1999.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 1999.
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