Crise econômica global freia combate às desigualdades em saúde
Opinião é do doutor Jairnilson Paim.
Para pesquisador, reduzir as iniquidades sanitárias propicia mudanças
significativas na política e na economia
As crises que estão interferindo na economia e nas finanças, como as manifestadas nos Estados Unidos e, principalmente, no continente europeu, podem inibir a implantação de um conjunto de medidas que visa minimizar as desigualdades em saúde em âmbito mundial, conforme examina o doutor Jairnilson Paim, professor titular do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/Ufba), à reportagem da Revista Oficina de Educação, publicada pelo Colégio Oficina.
Um dos participantes da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde, ocorrida em outubro de 2011, Paim considerou retórico o texto da Declaração do Rio de Janeiro, divulgada ao término do congresso, e afirmou que ela está aquém das proposições da Comissão sobre Determinantes Sociais de Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Entre os itens substanciais apresentados pelo colegiado estão a melhoria das condições de vida dos cidadãos, o combate às iniquidades na distribuição de poder, dinheiro e recursos e o dimensionamento da magnitude do problema, com a finalidade essencial de compreender profundamente e avaliar com precisão os reflexos das intervenções no setor sanitário.
“Combater as desigualdades em saúde, em escala global, implica profundas mudanças políticas e econômicas no mundo e em cada país”, pondera o especialista. De acordo com ele, faz-se necessário aplicar políticas vocacionadas ao controle das alterações climáticas, como o aquecimento global, garantir um nível de emprego pleno e justo e intensificar o percentual dos trabalhadores formais e informais, medidas essas que poderiam reduzir o colapso ambiental e financeiro.
Jairnilson Paim ainda defende o reforço do papel do Estado na prestação dos serviços sanitários e na regulação de bens e serviços que interferem na saúde, além de ser favorável à implementação e à universalização dos sistemas de saúde. “Essas proposições ficaram diluídas na retórica ambígua da Declaração do Rio de Janeiro, não avançando no estabelecimento de estratégias”, esclarece.
As crises que estão interferindo na economia e nas finanças, como as manifestadas nos Estados Unidos e, principalmente, no continente europeu, podem inibir a implantação de um conjunto de medidas que visa minimizar as desigualdades em saúde em âmbito mundial, conforme examina o doutor Jairnilson Paim, professor titular do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/Ufba), à reportagem da Revista Oficina de Educação, publicada pelo Colégio Oficina.
Um dos participantes da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde, ocorrida em outubro de 2011, Paim considerou retórico o texto da Declaração do Rio de Janeiro, divulgada ao término do congresso, e afirmou que ela está aquém das proposições da Comissão sobre Determinantes Sociais de Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Entre os itens substanciais apresentados pelo colegiado estão a melhoria das condições de vida dos cidadãos, o combate às iniquidades na distribuição de poder, dinheiro e recursos e o dimensionamento da magnitude do problema, com a finalidade essencial de compreender profundamente e avaliar com precisão os reflexos das intervenções no setor sanitário.
“Combater as desigualdades em saúde, em escala global, implica profundas mudanças políticas e econômicas no mundo e em cada país”, pondera o especialista. De acordo com ele, faz-se necessário aplicar políticas vocacionadas ao controle das alterações climáticas, como o aquecimento global, garantir um nível de emprego pleno e justo e intensificar o percentual dos trabalhadores formais e informais, medidas essas que poderiam reduzir o colapso ambiental e financeiro.
Jairnilson Paim ainda defende o reforço do papel do Estado na prestação dos serviços sanitários e na regulação de bens e serviços que interferem na saúde, além de ser favorável à implementação e à universalização dos sistemas de saúde. “Essas proposições ficaram diluídas na retórica ambígua da Declaração do Rio de Janeiro, não avançando no estabelecimento de estratégias”, esclarece.
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