Por aclamação, Geraldo Júnior é reeleito presidente da Câmara de Salvador

Em sessão solene, nova composição da Mesa Diretora da Casa também foi definida para biênio 2021-2022; houve somente uma abstenção

Com informações da Diretoria de Comunicação da Câmara Municipal de Salvador

Matéria atualizada em 6 de janeiro de 2021, às 12h23

Ao ser reconduzido ao comando da Câmara, Geraldo (à direita, de pé, em primeiro plano) firmou compromisso em continuar com sua primeira gestão, marcada por diversidade de ideias

Antônio Queirós/CMS

O vereador Geraldo Júnior (MDB) foi reconduzido por aclamação à presidência da Câmara Municipal de Salvador em sessão solene neste sábado (2), em um Plenário Cosme de Farias sem aglomerações. No ato, presidido pelo jurista e colega Edvaldo Brito (PSD), também foi eleita e empossada a nova composição da Mesa Diretora para o primeiro biênio da 19ª legislatura, instalada no dia anterior.

Reeleito em chapa única e com apenas uma abstenção, Geraldo, emocionado, teve a honra de agradecer aos seus pares pela recondução ao cargo que ocupa desde 2019, assumindo o compromisso em dar continuidade ao respeito à pluralidade de ideias que caracterizou sua primeira gestão no comando da Casa do povo da capital baiana. “Vamos fortalecer a democracia, com protagonismo, e consolidar o papel da Câmara respeitando a harmonia e a independência entre os poderes”, salientou.

Ao discursar da tribuna, o parlamentar fez um balanço da sua gestão anterior, enfatizando os resultados da autonomia concedida aos profissionais do Legislativo soteropolitano. “Sou do tempo em que palavra empenhada era o fio do bigode e assim seguiremos, buscando sempre o melhor para a administração, para os parlamentares e para os servidores e servidoras da nossa Casa”, disse.

O biênio 2019-2020 teve como característica marcante a produtividade – tópico mencionado pelo presidente reeleito em seu pronunciamento –, graças à aprovação de mais 120 projetos de autoria dos vereadores. Ele ainda frisou que, durante o ano de 2019, foram realizadas 116 sessões ordinárias, alcançando o maior patamar registrado nos últimos vinte anos.

“E assim, após passar essa pandemia, iremos continuar nessa mesma trilha de trabalho incessante em favor de nossa cidade”, projetou Geraldo Júnior, que sublinhou para o seu segundo período à frente do Legislativo soteropolitano a intenção de implementar o processo eletrônico integrado mediante a instalação dos mais modernos, seguros e eficazes instrumentos de gestão.

Todos os 43 parlamentares, exceto Laina, do Psol, compareceram à eleição da Mesa um dia após instalação da nova legislatura

Antônio Queirós/CMS

 

Vereadores presentes, público ausente

Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, todos os 43 edis – empossados no dia anterior juntamente com o prefeito Bruno Reis (DEM) e sua vice, Ana Paula Matos (PDT) – compareceram à eleição da nova Mesa, apesar de poderem participar de forma semipresencial. Porém, somente a vereadora Laina Crisóstomo (Psol), protagonista do inédito mandato coletivo Pretas por Salvador, se absteve.

Não houve presença de público ou convidados na sessão solene – que foi transmitida ao vivo pela TV Cam (canal 12.2 HD) e Rádio Cam FM (105.3 MHz), assim como no portal da Casa e em suas redes sociais –, por conta das medidas de segurança adotadas para conter a propagação da Covid-19.

Além disso, a cobertura pelos veículos de imprensa foi restrita aos profissionais previamente credenciados, como estratégia para evitar aglomerações. No final, após uma sequência de discursos de vários parlamentares, Geraldo Júnior anunciou que a próxima sessão ordinária ocorrerá no dia 2 de fevereiro, quando serão iniciadas de fato as atividades da 19ª legislatura.

A nova configuração da Mesa Diretora, definida para o biênio 2021-2022, ficou assim: Geraldo segue como presidente, tendo Duda Sanches (DEM) como 1º vice-presidente; Isnard Araújo (PL), 2º vice; Joceval Rodrigues (Cidadania), 3º vice; Carlos Muniz (PTB), 1º secretário; Sabá (DC), 2º secretário; Téo Senna (PSDB), 3º secretário; e Daniel Rios (Patriota), 4º secretário.

Completam o colegiado recém-eleito os edis Augusto Vasconcelos (PCdoB) na condição de ouvidor-geral; Anderson Ninho (PDT) como ouvidor substituto; Cláudio Tinoco (DEM), corregedor; Cátia Rodrigues (DEM), 1ª vice-presidente suplente; Ireuda Silva (Republicanos), 2ª vice-presidente suplente; Fábio Souza (Solidariedade), 1º secretário suplente; e Hélio Ferreira (PCdoB), 2º secretário suplente.

Por ato do chefe do Legislativo de Salvador, também foi empossada a nova extensão da Mesa, da qual fazem parte os vereadores Edvaldo Brito como procurador parlamentar; Maria Marighella (PT), gestora do Centro de Cultura Vereador Manuel Querino; Marta Rodrigues (PT), diretora da Escola do Legislativo Péricles Gusmão Régis; Marcelle Moraes (DEM), procuradora da Mulher; Luiz Carlos Suíca (PT), coordenador do projeto Câmara Itinerante; e Sílvio Humberto (PSB), coordenador do Selo Castro Alves.

Pretas por Salvador se rebelam

A estreante Laina Crisóstomo justificou sua abstenção pelo fato de a nova configuração da Mesa Diretora ser praticamente masculina. “Não dá para concordar com mulheres apenas na suplência”, argumentou Laina, que compartilha seu primeiro mandato com as covereadoras Cleide Coutinho e Gleide Davis, também do Psol.

Alguns colegas de plenário questionaram como o Pretas por Salvador – mandato coletivo e ecumênico ao qual Laina e suas companheiras pertencem – irá atuar na Câmara Municipal, diante do ineditismo da experiência conjunta, que já é realidade em algumas cidades brasileiras.

Prestigiado jurista e professor universitário, Edvaldo esclareceu que, em consonância com as normas do Direito Eleitoral, o mandato será exercido pela titular que apresentou o diploma expedido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) à Mesa. Já Marcelle, reconduzida à Procuradoria da Mulher, afirmou ser representada tanto pelo colegiado quanto pela sua extensão, em cuja formação inclui vereadoras ocupando cargos vitais para a estrutura da Casa do povo soteropolitano.

Novata no Parlamento municipal, a petista Maria Marighella – neta do líder guerrilheiro e militante comunista Carlos Marighella (1911-1969) – expressou sua gratidão ao ser indicada para gerir o Centro de Cultura, manifestou solidariedade às membras do Pretas por Salvador e entoou os seguintes versos da música Os mais doces bárbaros (1976), de Caetano Veloso e Gilberto Gil: “Com amor no coração / Preparamos a invasão / Cheios de felicidade / Entramos na cidade amada”.

O secular Paço Municipal, sede do Legislativo da capital baiana

Divulgação

Mesa Diretora da Câmara Municipal de Salvador, eleita para o biênio 2021-2022

Presidente: Geraldo Júnior (MDB)

1º vice-presidente: Duda Sanches (DEM)

2º vice-presidente: Isnard Araújo (PL)

3º vice-presidente: Joceval Rodrigues (Cidadania)

1º secretário: Carlos Muniz (PTB)

2º secretário: Sabá (DC)

3º secretário: Téo Senna (PSDB)

4º secretário: Daniel Rios (Patriota)

Ouvidor-geral: Augusto Vasconcelos (PCdoB)

Ouvidor substituto: Anderson Ninho (PDT)

Corregedor: Cláudio Tinoco (DEM)

1ª vice-presidente suplente: Cátia Rodrigues (DEM)

2ª vice-presidente suplente: Ireuda Silva (Republicanos)

1º secretário suplente: Fábio Souza (Solidariedade)

2º secretário suplente: Hélio Ferreira (PCdoB)