Atuação de Bolsonaro contra desmatamento na Amazônia é reprovada por 46%
Para Datafolha, quase metade dos brasileiros avaliou desempenho do presidente como ruim ou péssimo quanto às ações de preservação da floresta
Com informações da matéria exibida no Jornal da Cultura, da TV Cultura
Matéria atualizada às 23h45
Pesquisa do Instituto Datafolha revela que quase a metade dos brasileiros reprova a atuação do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), nas ações de combate ao desmatamento na Amazônia. A avaliação é pior do que as de governadores, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e até do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em defesa da preservação da maior floresta tropical do mundo.
Segundo o levantamento, a atuação do chefe do Executivo federal para ajudar a mitigar a devastação do bioma – cuja abrangência se manifesta em todos os sete estados da Região Norte, mais o Maranhão e o Mato Grosso – foi classificada como ruim ou péssima por 46% dos entrevistados. Em segundo lugar, aparecem os governos estaduais em conjunto, avaliados negativamente por 42%.
A pesquisa mostrou ainda que o ministro Salles e o vice-presidente, general Hamilton Mourão – que também comanda o Conselho Nacional da Amazônia Legal –, tiveram 38% de reprovação. Já as atuações da Fundação Nacional do Índio (Funai), rejeitada por 20%, e do Exército, reprovada por apenas 19% da população, completam os piores índices de avaliação dos desempenhos na luta contra o desmatamento da floresta.
Indígenas são melhor avaliados
Na outra ponta, conforme analisou o Datafolha, 27% dos entrevistados avaliaram a atuação de Bolsonaro como ótima ou boa. A liderança nesse quesito, porém, coube aos povos indígenas, com 49% de aprovação nos seus trabalhos para proteger o bioma. As atuações do Ibama e da Funai obtiveram um índice de aprovação equivalente a 41% cada. Por fim, o trabalho do Exército foi avaliado como ótimo ou bom por 40% dos ouvidos pela pesquisa.
Além disso, a maioria da população brasileira – contingente correspondente a 87% – considerou muito importante a preservação da Amazônia. Já 93% declararam ter afirmado que é possível ganhar dinheiro protegendo a floresta, mediante o incentivo às atividades isentas de desmatamento.
Tendo sua pesquisa contratada pela organização não governamental (ONG) Greenpeace Brasil, o Datafolha entrevistou por telefone, entre os dias 6 e 18 de agosto deste ano, 1.524 pessoas com idades acima de 16 anos, em todas as regiões do País. A margem de erro equivale a 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.
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