Comissão Europeia apoia reformas econômicas na França

Plano foi anunciado pelo primeiro-ministro Manuel Valls; órgão declarou-se satisfeito com algumas das propostas, disse porta-voz
 
Com informações da Estadão Conteúdo
 
Para O’Connor, Comissão assimilou algumas das medidas anunciadas pelo governo francês
(Foto: Arquivo)
 
O primeiro-ministro da França, Manuel Valls, do Partido Socialista – o mesmo do presidente François Hollande –, apresentou, nesta terça-feira (22), um conjunto de reformas econômicas e financeiras no país. Imediatamente ao anúncio, a Comissão Europeia declarou seu apoio às medidas.

Ex-ministro do Interior de Hollande, Valls, catalão de nascimento, assumiu a chefia do governo francês em 31 de março, substituindo seu antecessor, o também socialista Jean-Marc Ayraut.
 
De acordo com o porta-voz de Assuntos Econômicos e Monetários da Comissão Europeia, Simon O’Connor, o órgão demonstrou satisfação com alguns dos itens propostos, exceto os de caráter específico, como o congelamento dos salários de funcionários públicos, dos pagamentos de assistência social e de algumas pensões.
 
“Nós acolhemos algumas das medidas anunciadas pelo primeiro-ministro. A redução dos encargos sobre os salários – em particular, sobre os salários mais baixos – vai na direção das recomendações da Comissão para a França”, declarou, em coletiva na sede do órgão, em Bruxelas, capital da Bélgica.
 
Meta é reduzir impostos
 
Ainda segundo O’Connor, o plano de reformas foi aclamado pela Comissão com a finalidade de reduzir a carga tributária para as empresas, podendo contribuir para a competitividade dos negócios franceses, que, para o porta-voz, “é a essência para a criação de empregos” no país.
 
O representante de Assuntos Econômicos frisou também que o fato de a França, terceira maior economia da Europa, se comprometer na redução do seu déficit orçamentário em níveis inferiores a 3% do Produto Interno Bruto (PIB), que é o somatório das riquezas produzidas num determinado território, até 2015 era um sinal positivo.
 
“No lado fiscal e orçamentário, acolhemos o renovado compromisso do governo para cumprir os objetivos definidos pela Comissão nas suas recomendações para a França em junho do ano passado”, concluiu Simon O’Connor.

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