Lollapalooza: saiba tudo sobre o festival que contagia o planeta

Evento anual oferece, além de atrações musicais, performances ao vivo e uma múltipla programação artística
 
Com informações da Wikipédia e do site oficial do Lollapalooza (em inglês)



Perry Farrell, músico e criador do Lollapalooza
(Foto: Divulgação)
 
Com periodicidade anual, o Lollapalooza, sediado nos Estados Unidos, é um festival de música que oferece atrações de gêneros sortidos, como rock alternativo, heavy metal, punk rock e performances de comédia e danças, além de estandes de artesanato. Além disso, fornece também uma plataforma para grupos políticos e entidades sem fins lucrativos. É um evento que tem apresentado uma enorme variedade de bandas e cantores.
 
Ajudou ainda a expor e popularizar uma infinidade de artistas, como Metallica, Alice in Chains, Tool, Red Hot Chili Peppers, Pearl Jam, The Cure, Primus, Rage Against the Machine, Soundgarden, Arcade Fire, Nine Inch Nails, Jane’s Addiction, The Killers, Siouxsie and the Banshees, The Smashing Pumpkins, Muse, Hole, 30 Seconds to Mars, The Strokes, Arctic Monkeys, Foo Fighters, Green Day, Lady Gaga, entre outros.
 
Concebido e criado em 1991 pelo cantor do Jane’s Addiction, Perry Farrell – ao lado de Ted Gardener, Marc Geiger e Don Muller –, como uma turnê de despedida para sua banda, a Jane’s Addiction, o Lollapalooza aconteceu até 1997 e foi ressuscitado em 2003. Ao contrário de festivais de música anteriores, como o lendário Woodstock (1969), A Gathering of the Tribes (1990) e US Festival (1982 e 1983), promovidos em um só local, o Lollapalooza foi um festival que excursionou pelos EUA e pelo Canadá.
 
A divulgação das atrações de 1991 foi realizada com artistas de vários gêneros, tendo bandas principais de post-punk como Siouxsie and the Banshees a rap como Ice-T e também artistas de música industrial, a exemplo do Nine Inch Nails.
 
Apogeu e decadência
 
Foi no Lollapalooza onde Farrell cunhou a expressão “nação alternativa”. A explosão do rock alternativo nos primórdios dos anos 1990 fez alavancar o Lollapalooza; os festivais de 1992 e 1993 tiveram presença de artistas grunge, alternativos e frequentemente de rap. Movimentos de punk rock como mosh pit e crowd surfing também se tornaram parte de muitas apresentações.
 
Nesse período, houve um incremento na participação natural do evento, com a inclusão de cabines para entrada de microfone aberto para atividades de leituras e oratória, tatuagens e piercings. Após 1991, foi adicionado um segundo palco ao festival e, em 1996, um terceiro palco, para artistas revelações e locais.
 
Perry Farrell trabalhou com o designer Jim Evans para criar uma série de pôsteres e imagens para a edição de 1994, incluindo duas estátuas de Buda fixadas no palco principal. Em 1996, o criador do festival passou a trabalhar na concepção de um novo evento, o ENIT, e, consequentemente, não iria mais continuar na produção do Lollapalooza.
 
Alguns fãs perceberam a inclusão do Metallica na line-up de 1996 como ir contra a prática de apresentar atrações “não-mainstream”. Além disso, Farrell sentiu que a imagem machista do grupo violou sua visão pacífica para o festival, pois a cultura alternativa da década de 1990 era geralmente contrária ao machismo. Como sinal de protesto, ele deixou de organizar a turnê.
 
Em paralelo, foram contratados esforços para manter acesa a chama do festival, incluindo artistas mais ecléticos, como o músico country Waylon Jennings e enfatizando grupos eletrônicos como The Prodigy.
 
No entanto, em 1997, o Lollapalooza havia perdido sua identidade, e no ano seguinte os esforços não conseguiram encontrar um artista principal adequado, resultando no cancelamento do festival, que traduziu num significante colapso da popularidade do rock alternativo. Em meio à crise, a revista Spin comentou que o “Lollapalooza é como um coma para o rock alternativo agora”.



Evento foi ressuscitado como festival em 2005, em Chicago
(Foto: Divulgação)
 
O Lolla renasce
 
Em 2003, Perry Farrell convocou seu grupo Jane’s Addiction e agendou uma nova turnê do Lollapalooza, ocorrida em 29 cidades dos EUA entre os meses de julho e agosto. A turnê daquele ano obteve apenas um êxito marginal com muitos fãs ficando longe, provavelmente por causa dos preços elevados dos ingressos.
 
Outra excursão, agendada para 2004, consistiu de dois dias de festival, porém foi cancelada em junho devido à tímida venda de ingressos em todo o território estadunidense.
 
Farrell estabeleceu uma parceria com a empresa Capital Sports & Entertainment (CSE) – atual C3 Presents –, que é coproprietária, de produzir o Lollapalooza. Juntamente com a William Morris Agency e a Charles Attal Presents, Farrell e a CSE ressuscitaram o evento como um festival de dois dias em julho de 2005, no Grant Park, em Chicago, com uma variedade mais ampla de artistas do que a turnê: 70 artistas se apresentaram em cinco palcos.
 
O festival foi um sucesso, atraindo mais de 65 mil pessoas, apesar de registrar uma temperatura máxima de 40ºC – duas pessoas foram hospitalizadas em decorrência do calor intenso. Retornou a Chicago de 4 a 6 de agosto de 2006. As edições subsequentes do Lollapalooza aconteceram de 3 a 5 de agosto de 2007, 1º a 3 de agosto de 2008, 7 a 9 de agosto de 2009, 6 a 8 de agosto de 2010, 5 e 7 de agosto de 2011, 3 a 5 de agosto de 2012 e 2 a 4 de agosto de 2013, todas em Chicago.

Versão chilena do Lollapalooza
(Foto: Divulgação)
 
Um evento de penetração internacional
 
Em 2010, foi anunciada a estreia do Lollapalooza no exterior, na cidade de Santiago, capital do Chile, nos dias 2 e 3 de abril de 2011.
 
A line-up do primeiro Lollapalooza Chile incluía atrações como Kanye West, Jane’s Addiction, 30 Seconds to Mars, The Drums, Los Bunkers, The Killers, Ana Tijoux, Javiera Mena, Fatboy Slim, Deftones, Cypress Hill, The Flaming Lips e outros.
 
Em 2011, foi confirmada a versão brasileira do Lollapalooza, em São Paulo, e no ano seguinte, foi anunciada uma versão em Israel. O festival ganhará uma edição em Buenos Aires, em 2014, conforme seu criador, Perry Farrell.
 
“Parabéns, Buenos Aires, e bem-vindos à família”, disse ele, em comunicado publicado na edição argentina da revista Rolling Stone. Até o presente momento, não há informações precisas a respeito de atrações, local ou datas. O evento será promovido no primeiro semestre de 2014.

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