Boipeba, paraíso da biodiversidade
Pertencente
ao único município-arquipélago brasileiro, a ilha, que é um dos mais bonitos e
requisitados destinos do litoral baiano, se caracteriza por seu magnífico patrimônio
criado por obra da natureza
Ao
chegar a Boipeba, o turista pode apreciar atrativos naturais, como reservas de
Mata Atlântica, recifes, rios e manguezais
(Foto: Hugo Gonçalves)
Inserida no arquipélago de Tinharé, no
município de Cairu, na Costa do Dendê, baixo sul da Bahia – único
município-arquipélago do país, com 36 belas ilhas –, Boipeba, uma delas, é um
dos roteiros turísticos mais bonitos e procurados do nosso litoral. A ilha, uma
das três maiores que integram a região, atrai os olhares dos visitantes por sua
incrível diversidade de ecossistemas.
Nessa perspectiva, o turista pode admirar reservas
densas de Mata Atlântica, recifes de corais, rios, dunas, restingas, extensos manguezais
e outros atrativos proporcionados pela natureza. Quanto a sua fauna exuberante,
a ilha contempla uma rica e abundante variedade de peixes, moluscos, corais, tartarugas
marinhas, aves, com destaque para o colibri, répteis, raposas, entre outras
espécies animais que circundam essa verdadeira paisagem paradisíaca.
Boipeba é cercada pelo Oceano Atlântico do
lado esquerdo e pelo estuário do Rio do Inferno do lado oposto. O nome da ilha,
de acordo com o escritor Elias Santos, autor do Guia ecoturístico de Boipeba, tem origem no vocábulo tupi m’boi pewa, que significa “cobra chata”,
referindo-se provavelmente a alguma tartaruga marinha ou uma espécie de cobra
que integram sua fauna.
Composta
por quatro povoados, ilha é cercada de um lado pelo oceano e do outro pelo
estuário do Rio do Inferno
(Foto: Hugo Gonçalves)
Uma das mais antigas zonas de colonização da Bahia, Boipeba originou-se da aldeia e da residência homônimas, fundadas pelos jesuítas em 1537. A ilha se constitui de
quatro áreas habitadas: os povoados de Moreré, São Sebastião ou Cova da Onça, Monte
Alegre e o maior deles, Velha Boipeba. Com o propósito de assegurar a
preservação do seu vasto patrimônio ecológico, bem como protegê-lo, o governo
do estado criou a Área de Proteção Ambiental (APA) Tinharé-Boipeba, por intermédio
do Decreto nº 1.240, de 5 de junho de 1992.
Suas praias sedutoras são
repletas de coqueirais e recifes de corais. Entre elas, destacam-se Boca da
Barra, na foz do Rio do Inferno, onde se localiza a maioria das pousadas, Tassimirim,
onde pode tomar um banho em suas águas mornas e tranquilas, Cueira, conhecida
por suas areias brancas, Moreré, caracterizada por sua magnífica beleza
paisagística, e as desertas Bainema e Ponta dos Castelhanos, cujo nome faz alusão ao galeão espanhol Madre de Dios, naufragado no século XVI.
Suas
praias, como Boca da Barra (foto acima), Tassimirim e Moreré, são repletas de coqueirais e recifes de corais e
seduzem visitantes
(Foto: Hugo Gonçalves)
Mobilidade: por mar e a pé
Para chegar até esse paraíso
e apreciar o fascinante cenário privilegiado que a natureza oferece de braços
abertos a seus visitantes, são feitas travessias em uma hora por lanchas
rápidas, partindo do cais do porto, em Valença. Há, também, outros métodos
alternativos de embarque (leia abaixo).
No que se refere à
mobilidade local, os automóveis não trafegam por lá, sendo os percursos feitos unicamente
a pé, de bicicleta, de motocicleta ou de trator. A ausência de veículos
automotores em Boipeba desempenha um papel primordial na conservação do meio
ambiente, além de fomentar e dinamizar a motivação do ecoturismo.
Por essa razão, a ilha se
mantém isolada da atividade turística de massa, tornando-se um dos destinos
mais indicados para os aficionados por passeios ecológicos e de aventura e
também para quem busca contato com comunidades de pescadores.
Formadas
durante a maré baixa, piscinas naturais possuem alguns bares flutuantes (como
esse da foto acima) para quem quer saborear
um tira-gosto
(Foto: Hugo Gonçalves)
Pesca predomina na região
Os nativos sobrevivem da
pesca, atividade econômica que se sobressai na localidade, realizada de modo
rudimentar através de uma quantidade mensurada em 40 embarcações sem os
modernos aparatos náuticos, prevalecendo a habilidade e o conhecimento dos
próprios pescadores. No panorama da agricultura, observam-se o cultivo do coco, do dendê e de algumas frutas, como a manga, a mangaba e o caju.
Já o turismo é uma prática
recente em Boipeba. Há, na ilha, cerca de 50 estabelecimentos turísticos,
formados predominantemente por pousadas e restaurantes que servem
principalmente iguarias da culinária local, dispersos por suas praias e seus povoados,
além de casas disponíveis para aluguel.
Os visitantes podem aproveitar
a oportunidade para explorar a zona urbana, fazer caminhadas pelas matas, andar
a cavalo, passear de canoa pelo estuário, nadar, mergulhar, surfar ou relaxar.
Em frente a Moreré, situada na porção leste, os turistas podem curtir ainda as
maravilhosas piscinas naturais, formadas nos recifes durante a maré baixa, com
alguns bares flutuantes para quem deseja saborear um tira-gosto ou beber uma
cerveja.
Lanchas
fazem travessia em apenas uma hora, partindo do cais do porto de Valença
(Foto: Hugo Gonçalves)
Formas de embarque
Quem reside em Salvador e
região metropolitana, antes de se dirigir a Boipeba, recomenda-se atravessar em
uma das oito embarcações pertinentes ao sistema ferry-boat – Agenor Gordilho, Anna Nery, Ipuaçu, Ivete Sangalo,
Juracy Magalhães Jr., Maria Bethânia, Pinheiro ou Rio Paraguaçu – em direção ao
terminal marítimo de Bom Despacho, na ilha de Itaparica.
Chegando à rodoviária de Bom
Despacho, o turista mantém à disposição uma frota de ônibus regulares para a
cidade de Valença, onde, pelo cais do porto, é feita a travessia até Boipeba por
lanchas rápidas em apenas uma hora, sendo atracadas no Atracadouro Zé da Viúva.
Há, também, os ônibus do Expresso Boipeba, que partem diariamente do porto de
Valença e faz o trajeto até a localidade de Torrinhas, onde faz-se transbordo
para a embarcação com destino à ilha no arquipélago de Tinharé.
Para quem tem seu próprio
meio de locomoção, é obrigatório ao motorista entrar na rodovia BA-001, que
liga Bom Despacho a Nazaré, e ir até Valença ou Torrinhas, onde existem
estacionamentos disponíveis. Ao chegar a Boipeba via Torrinhas, o acesso é
feito pela estrada de Cairu, onde há uma chaminé desativada. Doze quilômetros
depois, o motorista deve desviar à direita e seguir pela estrada de terra antes
de um dos três horários em que a barca realiza a travessia: 7:30, 12:30 e
15:30.
Moradores e turistas do
famoso balneário de Morro de São Paulo têm dois meios de transporte para ir até
Boipeba, ambos fornecidos por agências de turismo locais: lancha ou Toyota
Bandeirante. Também é possível, para quem vive na Grande Salvador, fretar táxi
aéreo, cujas aeronaves pousam na Fazenda Pontal, em frente a Velha Boipeba.
Agradecimentos especiais
Pousada e Restaurante
Caminho de Pedras
Rua Barbarino Gomes, 12,
Boipeba – Cairu – BA
Telefone: (75) 3653-6168 / www.hotelcaminhodepedras.com / E-mail:
contato@hotelcaminhodepedras.com
Comentários
Parabéns ao idealizador e feliz natal.
Parabéns e um abraço !