A mobilidade urbana e suas perspectivas
Investir a longo prazo em um sistema satisfatório, aprimorado, eficaz e sofisticado de transporte urbano é um fator elementar que poderá atender às exigências do nosso excedente populacional, sobretudo ao bem-estar geral societário. Testemunhamos diariamente a amplitude de um dilema crônico, acumulado pela expansão desordenada sem precedentes da nossa frota em comunhão com o engrandecimento da especulação imobiliária capitalista. Não é esse problemático exemplo de planejamento viário, monopolizado por veículos sobre rodas, que nós pretendemos para a nossa cidade.
Sabemos que nós, soteropolitanos natos, temos o hábito de ir e vir de ônibus, cujo esquema corporativo é antiquado e mantido somente por um oligopólio de companhias de economia 100% privada, não incluindo sequer um organismo público específico, incumbido de gerir o serviço. Aqui mesmo na capital baiana houve, entre 1979 e 1996, uma autarquia municipal encarregada na prestação de serviços de transporte de passageiros em todo o seu perímetro, a Empresa de Transportes Urbanos de Salvador, a famigerada Transur. Infelizmente, ela foi extirpada, mas a razão de sua falência é repleta de mistério oculto.
O contingente majoritário dos coletivos não apresenta circulação regular, sofisticação, conforto, modernidade, segurança, confiabilidade, dentre outros caracteres otimizadores. Geralmente, a população de Salvador reconhece com nitidez a incredulidade e a carência de credibilidade e confiança no transporte público. É por isso, acrescentada à insuficiência de corredores exclusivos, viadutos e pontes, incapazes de abastecer a frota, que o sistema é primordialmente caótico, obsoleto, estacionado no tempo, sem nenhuma expectativa frutífera e produtiva.
Em consonância com a incomodidade dos coletivos há uma miscelânea de veículos de passeio e de cargas das mais diferentes denominações, um sortimento automobilístico que pode danificar e não levar a sério a nossa mobilidade urbana e irradiar impactos ambientais comprometedores, poluindo o ar atmosférico. Uma série de itens inconvenientes, comumente registrados em zonas metropolitanas, incomoda exatamente a plenitude do convívio harmônico entre o homem e o espaço geográfico, alterado por ele próprio num período em que a natureza passou a ser um simples coadjuvante.
Numa metrópole do nosso calibre, onde o império dos meios motorizados sobre rodas é exorbitante, necessitamos quebrar esse arcaico paradigma que nos persiste por décadas. O que ambicionamos para o transporte coletivo são implantar modais inéditos - o metrô, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e/ou o Ônibus Rápido de Trânsito ou Veículo Leve sobre Pneus (BRT), este último consolidado em metrópoles como Curitiba, cidade qualificada pelo mérito de modelo bem-sucedido de planificação urbanística. Com a introdução das categorias para cá, florescerá uma probabilidade satisfatória na redução e no controle do fluxo de automóveis, ônibus, caminhões, caminhonetes e afins.
Quanto ao metrô, os soteropolitanos ainda não dispõem desse modal, realidade que, no Brasil, já é enxergada em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e até em Porto Alegre, em Brasília e no Recife. A inoperância na execução das obras civis do nosso metrô de superfície, cuja linha precursora estende-se da estação da Lapa ao Acesso Norte, nas imediações da Rótula do Abacaxi, é uma constante dimensionável em nosso imaginário. Falta liberação de verbas para que a continuidade nas obras ganhe ritmo dinâmico, progressivo, rápido, célere e ágil. Somada ao dinamismo e à solidez, uma próspera gestão no metrô será provável, tendo como futuro beneficiário o passageiro.
Oito organizações de engenharia, arquitetura e construção estão no páreo licitatório da implementação do sistema de mobilidade para a Copa do Mundo de 2014, que não só suprirá a demanda de Salvador, mas também do seu entorno, leia-se, Lauro de Freitas e Simões Filho. Nos dias subsequentes, será anunciado em definitivo o plano, e temos esperança de que a proposta concebida pela empresa vencedora ou pelo consórcio vencedor seja exequível e vantajosa. Trata-se de um programa multimodal, cujo atendimento será proporcionado aos moradores dos municípios nele envolvidos, assegurando-nos soluções eficientes no escoamento de estudantes, empresários, profissionais liberais, proletários, aposentados, desempregados, mendigos, indigentes e desamparados.
Sinergia, sincronia, sintonia e combinação envolvendo quantidade e qualidade no transporte urbano podem produzir efeitos propícios e favoráveis ao cidadão. Contudo, as vantagens, que lhe são importantíssimas, ainda estão imprevisíveis e distantes de serem materializadas. Este é um dos anseios que nós estamos implorando em profundidade e em superfície para que o gigantesco fluxo no trânsito seja efetivamente controlado, priorizando o cidadão. De fato, a mobilidade em Salvador deve ser planificada o mais urgente possível, com a intenção de conter as turbulências na maior urbe da Bahia.
Sabemos que nós, soteropolitanos natos, temos o hábito de ir e vir de ônibus, cujo esquema corporativo é antiquado e mantido somente por um oligopólio de companhias de economia 100% privada, não incluindo sequer um organismo público específico, incumbido de gerir o serviço. Aqui mesmo na capital baiana houve, entre 1979 e 1996, uma autarquia municipal encarregada na prestação de serviços de transporte de passageiros em todo o seu perímetro, a Empresa de Transportes Urbanos de Salvador, a famigerada Transur. Infelizmente, ela foi extirpada, mas a razão de sua falência é repleta de mistério oculto.
O contingente majoritário dos coletivos não apresenta circulação regular, sofisticação, conforto, modernidade, segurança, confiabilidade, dentre outros caracteres otimizadores. Geralmente, a população de Salvador reconhece com nitidez a incredulidade e a carência de credibilidade e confiança no transporte público. É por isso, acrescentada à insuficiência de corredores exclusivos, viadutos e pontes, incapazes de abastecer a frota, que o sistema é primordialmente caótico, obsoleto, estacionado no tempo, sem nenhuma expectativa frutífera e produtiva.
Em consonância com a incomodidade dos coletivos há uma miscelânea de veículos de passeio e de cargas das mais diferentes denominações, um sortimento automobilístico que pode danificar e não levar a sério a nossa mobilidade urbana e irradiar impactos ambientais comprometedores, poluindo o ar atmosférico. Uma série de itens inconvenientes, comumente registrados em zonas metropolitanas, incomoda exatamente a plenitude do convívio harmônico entre o homem e o espaço geográfico, alterado por ele próprio num período em que a natureza passou a ser um simples coadjuvante.
Numa metrópole do nosso calibre, onde o império dos meios motorizados sobre rodas é exorbitante, necessitamos quebrar esse arcaico paradigma que nos persiste por décadas. O que ambicionamos para o transporte coletivo são implantar modais inéditos - o metrô, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e/ou o Ônibus Rápido de Trânsito ou Veículo Leve sobre Pneus (BRT), este último consolidado em metrópoles como Curitiba, cidade qualificada pelo mérito de modelo bem-sucedido de planificação urbanística. Com a introdução das categorias para cá, florescerá uma probabilidade satisfatória na redução e no controle do fluxo de automóveis, ônibus, caminhões, caminhonetes e afins.
Quanto ao metrô, os soteropolitanos ainda não dispõem desse modal, realidade que, no Brasil, já é enxergada em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e até em Porto Alegre, em Brasília e no Recife. A inoperância na execução das obras civis do nosso metrô de superfície, cuja linha precursora estende-se da estação da Lapa ao Acesso Norte, nas imediações da Rótula do Abacaxi, é uma constante dimensionável em nosso imaginário. Falta liberação de verbas para que a continuidade nas obras ganhe ritmo dinâmico, progressivo, rápido, célere e ágil. Somada ao dinamismo e à solidez, uma próspera gestão no metrô será provável, tendo como futuro beneficiário o passageiro.
Oito organizações de engenharia, arquitetura e construção estão no páreo licitatório da implementação do sistema de mobilidade para a Copa do Mundo de 2014, que não só suprirá a demanda de Salvador, mas também do seu entorno, leia-se, Lauro de Freitas e Simões Filho. Nos dias subsequentes, será anunciado em definitivo o plano, e temos esperança de que a proposta concebida pela empresa vencedora ou pelo consórcio vencedor seja exequível e vantajosa. Trata-se de um programa multimodal, cujo atendimento será proporcionado aos moradores dos municípios nele envolvidos, assegurando-nos soluções eficientes no escoamento de estudantes, empresários, profissionais liberais, proletários, aposentados, desempregados, mendigos, indigentes e desamparados.
Sinergia, sincronia, sintonia e combinação envolvendo quantidade e qualidade no transporte urbano podem produzir efeitos propícios e favoráveis ao cidadão. Contudo, as vantagens, que lhe são importantíssimas, ainda estão imprevisíveis e distantes de serem materializadas. Este é um dos anseios que nós estamos implorando em profundidade e em superfície para que o gigantesco fluxo no trânsito seja efetivamente controlado, priorizando o cidadão. De fato, a mobilidade em Salvador deve ser planificada o mais urgente possível, com a intenção de conter as turbulências na maior urbe da Bahia.
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