Enterrado corpo do ex-ministro Paulo Renato
Ex-ministro da Educação de FHC, que faleceu no último sábado, de infarto fulminante, teve seus restos mortais sepultados hoje
Com informações da Agência Estado e do G1
Paulo Renato morreu durante estadia em São Roque, interior paulista, onde passava feriado
(Foto: Daigo Oliva/G1)
O corpo do economista, professor e político Paulo Renato Souza foi enterrado nesta segunda-feira (27), às 10 horas e 10 minutos, no Cemitério do Morumbi, na zona sul da capital paulista. Ex-ministro da Educação no governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e um dos fundadores do PSDB, Paulo Renato morreu na noite do último sábado (25), aos 65 anos, vítima de infarto fulminante, em São Roque, interior de São Paulo, onde passava o feriado prolongado de Corpus Christi num hotel da cidade.
Familiares, amigos e autoridades políticas de diversas correntes ideológicas participaram do velório, na manhã do último domingo (26), no Palácio 9 de Julho, sede da Assembleia Legislativa de São Paulo.
Compareceram à cerimônia fúnebre, que aconteceu sob uma forte chuva, eminências do PSDB, como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, os ex-governadores José Serra e Alberto Goldman e o ex-presidente FHC, secretários de estado, o presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP) e os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF) e Eduardo Suplicy (PT-SP).
Mérito na educação
Antes do sepultamento, Suplicy enfatizou o mérito do ex-ministro no desenvolvimento e na expansão de uma política social destinada à educação no Brasil. Depois que o enterro terminou, Fernando Henrique sinalizou que Paulo Renato contribuiu para aperfeiçoar a realidade educacional. “A educação deve muito a Paulo Renato Souza”, declarou FHC à Agência Estado. De acordo com ele, o ex-ministro foi “um grande homem” responsável pela implantação de políticas sociais, como o Bolsa Escola, que, para o ex-presidente, “foi o prelúdio do Bolsa Família (programa social do atual governo federal)”.
Geraldo Alckmin esclareceu que, junto com o falecimento de Paulo Renato Souza, o país perdeu uma das personalidades que mais fizeram pela educação. "Paulo Renato foi uma pessoa que dedicou sua vida à causa pública no país", disse Alckmin à Agência Estado.
Breve biografia
Economista graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com mestrado na Universidade do Chile e doutorado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde foi professor-titular de Economia, Paulo Renato Costa Souza, nascido em Porto Alegre, ocupou variados cargos públicos e executivos no Brasil e no exterior.
Foi, além de ministro da Educação, secretário estadual da área em São Paulo nos governos de André Franco Montoro, no período 1984-1986, e José Serra, entre 2009 e 2010, reitor da Unicamp entre 1986 e 1990, gerente de operações e vice-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e deputado federal pelo PSDB entre 2007 e 2011. O último cargo que ele exerceu foi no setor privado, como membro do Conselho Consultivo da Fundación Santillana, instituição educacional espanhola que também atua na América Latina.
Como ministro, Paulo Renato implementou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), hoje Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e ajudou a universalizar o ensino básico e fundamental. Para Serra, as realizações do ex-ministro foram “uma série de medidas corajosas e inovadoras”.
Compareceram à cerimônia fúnebre, que aconteceu sob uma forte chuva, eminências do PSDB, como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, os ex-governadores José Serra e Alberto Goldman e o ex-presidente FHC, secretários de estado, o presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP) e os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF) e Eduardo Suplicy (PT-SP).
Mérito na educação
Antes do sepultamento, Suplicy enfatizou o mérito do ex-ministro no desenvolvimento e na expansão de uma política social destinada à educação no Brasil. Depois que o enterro terminou, Fernando Henrique sinalizou que Paulo Renato contribuiu para aperfeiçoar a realidade educacional. “A educação deve muito a Paulo Renato Souza”, declarou FHC à Agência Estado. De acordo com ele, o ex-ministro foi “um grande homem” responsável pela implantação de políticas sociais, como o Bolsa Escola, que, para o ex-presidente, “foi o prelúdio do Bolsa Família (programa social do atual governo federal)”.
Geraldo Alckmin esclareceu que, junto com o falecimento de Paulo Renato Souza, o país perdeu uma das personalidades que mais fizeram pela educação. "Paulo Renato foi uma pessoa que dedicou sua vida à causa pública no país", disse Alckmin à Agência Estado.
Breve biografia
Economista graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com mestrado na Universidade do Chile e doutorado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde foi professor-titular de Economia, Paulo Renato Costa Souza, nascido em Porto Alegre, ocupou variados cargos públicos e executivos no Brasil e no exterior.
Foi, além de ministro da Educação, secretário estadual da área em São Paulo nos governos de André Franco Montoro, no período 1984-1986, e José Serra, entre 2009 e 2010, reitor da Unicamp entre 1986 e 1990, gerente de operações e vice-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e deputado federal pelo PSDB entre 2007 e 2011. O último cargo que ele exerceu foi no setor privado, como membro do Conselho Consultivo da Fundación Santillana, instituição educacional espanhola que também atua na América Latina.
Como ministro, Paulo Renato implementou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), hoje Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e ajudou a universalizar o ensino básico e fundamental. Para Serra, as realizações do ex-ministro foram “uma série de medidas corajosas e inovadoras”.
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