Vote para renovar os poderes
Cento e trinta e cinco milhões, oitocentos e quatro mil e quatrocentos e trinta e três cidadãos brasileiros conscientemente esclarecidos. Escrevi por extenso a cifra de eleitores para termos uma nítida ideia da exatidão de como vivemos em um país de extensão gigantesca, grandeza que nos tornamos autônomos e consentâneos com os nossos valores. Passarei a citar, condensada em algarismos, a elevada massa incumbida de sufragar os futuros representantes dos poderes Executivo e Legislativo nas instâncias federal e estadual, a serem empossados em 1º de janeiro de 2011 – presidente da República e governadores das 26 unidades confederadas e do Distrito Federal – e em 1º de fevereiro do mesmo ano – caso dos parlamentares (deputados federais e estaduais e senadores). 135.804.433 corações, abrigados em cada selva de pedra ou cidadezinha, honram seu direito de escolher o candidato que lhes for conveniente.
O direito de eleger os membros das duas esferas de poder, excetuando o terceiro (o Judiciário), no qual seus membros são nomeados pelo presidente, em nível federal (ministros), e pelos governadores, no caso estadual (os desembargadores). Desmembrar o poder político-administrativo em três esferas – Executivo, Legislativo e Judiciário – é uma teoria implantada pelo filósofo iluminista francês Montesquieu (1689-1755) em sua lapidar obra O espírito das leis (1748), ensejando o impulso e o ímpeto das ideologias liberais no mundo contemporâneo. Com a adoção dessas diretrizes progressistas no Ocidente e no Oriente, os regimes absolutistas, onde o rei reafirmava a simultaneidade nas chefias de governo e de Estado, caíram por terra. O terreno passou a ser preenchido, com parcimônia, pela legítima democracia, partindo do pressuposto de que todo o poder emana do povo, mas teoricamente. Democracia dissemina chances de votar ou não votar.
Vale frisar que as eleições são facultativas, em essência para os idosos, diretas e secretas por vivermos em consonância e comunhão com os direitos e obrigações constituídos na forma legal, que são o alicerce prioritário das ambições democráticas. Por livre e espontânea vontade, um valor extrapolado em centenas de milhões de uma brava gente brasileira jamais vencida pelo receio e pelo vexame vai hoje às cabinas eletrônicas, introduzidas há 14 anos, para apertar os 19 dígitos correspondentes a cada pleiteante a um referido cargo. Fique atento, no local de votação, ao obedecer à sequência correta: deputado estadual (5 dígitos), deputado federal (4 dígitos), senador: primeira vaga (3 dígitos) e segunda vaga (3 dígitos), governador (2 dígitos) e presidente (2 dígitos). Após digitar o número de cada candidato, o cidadão pressiona a tecla verde CONFIRMA, e ao final de todo o processo, aparecendo FIM em letras garrafais na tela da urna, ele percebeu sua sensação de ser livre.
Desde 30 de setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta corte judiciária do Brasil, determinou aos eleitores a escolha entre os dois documentos após longas filas no atendimento nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para emitir a segunda via do título eleitoral. Agora, é indispensável optar entre uma ou outra documentação – carteira de identidade ou o título propriamente dito –, visando a efetiva participação do eleitorado em selecionar em segredo os números representativos de cada um dos seis candidatos no pleito de hoje. Votar consciente é mais do que uma tarefa de cidadania. É democracia participativa na construção do modo de governar e de legislar o país e seus estados constituintes. Hoje, 3 de outubro, é o clímax da autonomia.
O direito de eleger os membros das duas esferas de poder, excetuando o terceiro (o Judiciário), no qual seus membros são nomeados pelo presidente, em nível federal (ministros), e pelos governadores, no caso estadual (os desembargadores). Desmembrar o poder político-administrativo em três esferas – Executivo, Legislativo e Judiciário – é uma teoria implantada pelo filósofo iluminista francês Montesquieu (1689-1755) em sua lapidar obra O espírito das leis (1748), ensejando o impulso e o ímpeto das ideologias liberais no mundo contemporâneo. Com a adoção dessas diretrizes progressistas no Ocidente e no Oriente, os regimes absolutistas, onde o rei reafirmava a simultaneidade nas chefias de governo e de Estado, caíram por terra. O terreno passou a ser preenchido, com parcimônia, pela legítima democracia, partindo do pressuposto de que todo o poder emana do povo, mas teoricamente. Democracia dissemina chances de votar ou não votar.
Vale frisar que as eleições são facultativas, em essência para os idosos, diretas e secretas por vivermos em consonância e comunhão com os direitos e obrigações constituídos na forma legal, que são o alicerce prioritário das ambições democráticas. Por livre e espontânea vontade, um valor extrapolado em centenas de milhões de uma brava gente brasileira jamais vencida pelo receio e pelo vexame vai hoje às cabinas eletrônicas, introduzidas há 14 anos, para apertar os 19 dígitos correspondentes a cada pleiteante a um referido cargo. Fique atento, no local de votação, ao obedecer à sequência correta: deputado estadual (5 dígitos), deputado federal (4 dígitos), senador: primeira vaga (3 dígitos) e segunda vaga (3 dígitos), governador (2 dígitos) e presidente (2 dígitos). Após digitar o número de cada candidato, o cidadão pressiona a tecla verde CONFIRMA, e ao final de todo o processo, aparecendo FIM em letras garrafais na tela da urna, ele percebeu sua sensação de ser livre.
Desde 30 de setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta corte judiciária do Brasil, determinou aos eleitores a escolha entre os dois documentos após longas filas no atendimento nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para emitir a segunda via do título eleitoral. Agora, é indispensável optar entre uma ou outra documentação – carteira de identidade ou o título propriamente dito –, visando a efetiva participação do eleitorado em selecionar em segredo os números representativos de cada um dos seis candidatos no pleito de hoje. Votar consciente é mais do que uma tarefa de cidadania. É democracia participativa na construção do modo de governar e de legislar o país e seus estados constituintes. Hoje, 3 de outubro, é o clímax da autonomia.
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