HPV: meninas de 11 a 13 anos devem ser vacinadas

A partir da próxima segunda-feira, imunização contra o vírus causador do câncer de colo do útero é obrigatória. Meta do governo é reduzir o nível da doença no país
 
Com informações da Agência Brasil
 
Campanha se divide em três fases distintas, sendo que a segunda dose será aplicada seis meses após a primeira
(Foto: Joe Raedle/Getty Images/AFP)
 
Vai ter início, a partir da próxima segunda-feira (10), a campanha de vacinação contra o papiloma vírus humano (HPV), principal causador do câncer de colo do útero, que passa a integrar o calendário nacional de imunizações e será obrigatória para meninas com faixa etária compreendida entre 11 e 13 anos. Em 2015, ela se estenderá para meninas de 9 a 11 anos de idade.
 
A meta é reduzir a incidência da doença no Brasil, informa o Ministério da Saúde. O processo é dividido em três períodos distintos, sendo que a segunda dose será aplicada seis meses após a primeira. Já a terceira dose, que consiste em prolongar o efeito protetivo da imunização, só deverá acontecer cinco anos depois.
 
O secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa, explicou que a pasta está mobilizando estados e municípios a aplicar a dose inicial nas escolas.
 
De acordo com ele, nações avançadas, como Austrália, Canadá, Reino Unido e Suíça, já adotaram a estratégia com êxito e, instantaneamente, obtiveram índices elevados de cobertura vacinal. “Adolescente não é um público que frequenta postos de saúde. Mas, a partir da segunda dose, é preciso procurar uma unidade de saúde”, afirmou, em entrevista à Agência Brasil.
 
Secretário Jarbas Barbosa destaca imunização como ferramenta preventiva
(Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil – 17/04/2013)
 
Papanicolau
 
Jarbas enfatizou o ato de imunizar como uma ferramenta de prevenção, e ressaltou que, logo após começar a vida sexual, a menina deve também se submeter ao exame Papanicolau, que também previne o câncer de colo de útero.
 
Para o secretário de Vigilância em Saúde, a vacina ajuda a protegê-la somente dos subtipos 16 e 18 do HPV, mas não de todos os subtipos do vírus nem das demais doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Portanto, recomenda-se o uso do preservativo nas relações sexuais.
 
Ainda conforme Jarbas Barbosa, o Papanicolau é um exame que “protege o presente”. “O HPV é muito infectivo e, aos 25 anos, por exemplo, mulheres com vida sexual ativa já tiveram contato com o vírus. O que elas têm que fazer é o Papanicolau. O futuro é que a gente protege do HPV”, frisou à Agência Brasil. “Vacine tranquilamente. Vai ser uma ocasião importante e uma oportunidade para a mãe agendar o Papanicolau”, aconselhou.

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