Criadora e criatura

Entrevista: Wania Sandes e Flávia Nunes
 
Dona e funcionária de loja discutem sobre trabalho, atendimento ao cliente e suas pretensões, além de outros pontos em comum
 
Wania (à esquerda) está à frente da Malagueta, onde sua pupila Flávia (à direita) é uma boa colaboradora
(Foto: Hugo Gonçalves)
 
Aos 59 anos, a microempresária Wania Sandes dos Santos atende sua clientela com otimismo na medida do possível. Sua loja, a Malagueta Acessórios, no bairro da Boca do Rio, está no mercado há seis anos e já conseguiu catapultar muitos clientes através de um fator principal, a estratégia do “boca a boca”: “Cada um (cliente) vai passando para o outro”, justificou.
 
Carioca fixada em Salvador há quase um quarto de século, Wania tem dois filhos, o assessor de imprensa na área de entretenimento Jansen – pai de sua única neta, Yasmin –, e a jornalista Jessica. Como mãe, a comerciante, que almeja obter uma velhice “tranquila”, quer que eles aprendam a honestidade, que, na opinião dela, é a lição primordial.
 
Já a vendedora Flávia da Silva Nunes, 27, trabalha na Malagueta há dois anos, a convite da patroa, quando a conhecia num outro estabelecimento em que era funcionária. “Uma boa atendente, educada, estar sempre alegre, é o básico”, esclareceu a pupila de Wania, acrescentando que a felicidade é uma característica ideal para que o cliente esteja satisfeito. Entre suas perspectivas de vida, Flávia pretende ser mãe e motorista.
 
Wania, de que forma a senhora ajuda os seus colaboradores e clientes?
 
Wania Sandes – De acordo com as necessidades deles. Aí, eu não posso te dizer “ah, ajudo isso, ajudo naquilo”; é de acordo com as necessidades que a gente vê se pode ajudar ou não.
 
Flávia, como você se sente enquanto está trabalhando?
 
Flávia Nunes – Me sinto bem. Trabalhar com trabalho Deus ajuda.
 
Quais são suas virtudes como empresária?
 
W. S. – Eu trato meus clientes bem e procuro sempre atendê-los na medida do possível.
 
Todo vendedor precisa de uma série de qualidades. Quais são as suas?
 
F. N. – Uma boa atendente, educada, estar sempre alegre, é o básico, (além de) proporcionar ao cliente a felicidade para que ele esteja satisfeito.
 
Flávia, quais são as suas expectativas em sua vida?
 
F. N. – Terminar minha habilitação, comprar minha casa, ter meu filho e constituir minha família.
 
Wania, o que a senhora pretende no futuro?
 
W. S. – Ter uma velhice tranquila.
 
A senhora se sente realizadora em seu modo de viver?
 
W. S. – Ainda não, porque eu não realizei o que eu quero.
 
Você se considera uma mulher realizadora?
 
F. N. – Com certeza. Por conquistar os meus objetivos, por poder ajudar meus pais, meus colegas e amigos, mais ainda falta mais coisas para serem realizadas.
 
Março é o mês dedicado às mulheres. Quais são seus pontos de vista em relação a essa ocasião especial?
 
W. S. – É que as mulheres conquistaram um espaço na sociedade e cada vez mais a gente estar progredindo e fazendo as mesmas coisas que os homens fazem em algumas áreas.
 
F. N. – É o mês do meu aniversário também. (Uma ocasião) Merecedora. A gente, como mulher, é batalhadora.
 
A senhora é mãe de dois filhos. Como mãe, qual a lição que a senhora dá para eles?

W. S. – Honestidade é a (lição) principal. Serem honestos e só.

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