"Mosaico" visita Turma da Madruga

Programa semanal exibiu uma matéria especial sobre o Alto do Cabrito, enfatizando um divertimento popular na comunidade, o baba, praticado até a madrugada
 

Todas as tardes de sábado, a TV Bahia, afiliada da Rede Globo no estado, veicula um programa de entretenimento, cultura e variedades com linguagem tipicamente baiana, o Mosaico Baiano ou, simplesmente, Mosaico. A atração, apresentada ao ar livre por Alessandro Timbó, vai ao ar das 13:50 às 14:45.
 
Um dos quadros de maior sucesso e irreverência entre os telespectadores é o Mapas urbanos, no qual a atriz Maria Menezes apresenta coisas e causos pitorescos da cidade de Salvador. Na edição do dia 18 de maio, ela e sua equipe foram ao bairro do Alto do Cabrito, no Subúrbio Ferroviário, com o propósito de mostrar como os moradores se divertem de madrugada, "numa simples noite no meio da semana".
 
Após interrogar apenas mulheres com suas perguntas curiosas e degustar um acarajé e um bolinho de estudante, Maria, sempre hilária, ao direcionar para um grupo constituído integralmente por homens, questionou: "Quem foi que disse que em Salvador tem pouco homem?", com direito a risos deles. "Eu, por exemplo, estou cercada deles", prosseguiu.
 
O grupo em questão é a Turma da Madruga, que joga baba, um tipo de futebol de rua, de segunda a sexta-feira, das 20 às 22 h, e aos sábados e domingos, até as 5:30 da manhã, de acordo com um de seus membros. Entre os que participam da Turma da Madruga, estão os aposentados Adauto dos Santos e Lourival Calmon, mais conhecido como Dorival. Ambos aparecem no vídeo.
 
A coesão e a harmonia entre os integrantes estão reforçadas numa paródia do tema de abertura do seriado humorístico global A grande família, o samba homônimo de autoria da dupla baiana Tom e Dito, famosa no início dos anos 1970:

Essa Madruga é muito unida
E também muito ouriçada
Briga por qualquer razão
Mas acaba pedindo perdão

Madruga pai, madruga mãe, madruga filho
Eu também sou da Madruga
Também quero madrugar

Madruga pai, mãe, filho
Eu também sou da Madruga
Também quero madrugar

Depois de entoar a música, batendo palmas, os jogadores, em uníssono, fazem seu grito de guerra, enquanto Maria Menezes segura uma lembrança da turma:

Madruga, ga, ga, ga, ga, ga, ga, ga, ga, ga...

Como de praxe em todos os babas, há um intervalo reservado para os atletas descontraírem. No caso da Turma da Madruga, depois do jogo, um momento apropriado para o samba lhe é propício. "É o único samba na Bahia - eu venho falando isso - que tem músicas próprias", disse Adauto. Em seguida, os "madrugueiros" entoaram suas composições peculiares e se encheram de entusiasmo.
 
Ficha técnica da matéria
 
Direção: Marcela Amorim
Produção: Daniela Henning
Assistente de produção: Felipe Brandão
Imagens: José Leite e Jônatas Lima
Áudio: Raul Bomfim
Edição: Diêgo Lawinscky
Arte: Iaçuã Simões
 

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