Multiplicidades luso-afro-brasileiras
Reunindo cientistas sociais de nações de língua portuguesa, o décimo primeiro Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais (Conlab) será realizado em Salvador, entre 7 e 10 de agosto, para viabilizar diálogos sobre as diversidades e as diferenças existentes no mundo lusófono
Com informações do portal do XI Conlab
Neste ano, Salvador terá a honra de abrigar a décima primeira edição do Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais (XI Conlab). Entre os dias 7 e 10 de agosto, especialistas em Ciências Sociais e Humanidades provenientes de países de língua oficial portuguesa estarão reunidos para dialogar acerca dos pluralismos, das diversidades e das complexidades de culturas e sociedades diferenciadas, como o universo lusófono, em seus vários aspectos. Tendo como tema "Diversidades e (Des) Igualdades", o congresso será discutido em onze eixos temáticos interdisciplinares.
A Bahia foi escolhida estrategicamente para ser a sede do encontro, de periodicidade bienal, visando contribuir para a projeção do estado como centro de referência das discussões sociais que, segundo informações da assessoria de comunicação do evento, "é uma tarefa estimulante". Ainda conforme a assessoria, o tema "Diversidades e (Des) Igualdades" proporcionará aos participantes, inclusive pesquisadores novatos e experientes, a inegável oportunidade de apresentar e conhecer pesquisas elaboradas por estudiosos de instituições universitárias luso-afro-brasileiras e distribuídas entre 91 grupos de trabalho.
Iniciado em 1990, em Coimbra, Portugal, o Conlab é um congresso internacional onde sociólogos, antropólogos e cientistas políticos de países de língua oficial portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste - se reúnem com o objetivo de promover o desenvolvimento de uma comunidade de cientistas sociais dessas nações, estreitando os laços multilaterais e ampliando os dispositivos de cooperação científica entre pesquisadores e instituições. Sua última edição foi realizada entre 4 e 7 de fevereiro de 2009, na Universidade do Minho, na cidade portuguesa de Braga, com um público contabilizado em cerca de 2 mil participantes.
Muito além da academia
Além da programação acadêmica, que acontecerá no Pavilhão de Aulas da Federação (PAF), no Campus Ondina da Universidade Federal da Bahia (Ufba), o XI Conlab contará com eventos públicos e manifestações culturais no Centro Histórico. "Para abrilhantar ainda mais o evento, estão previstas atividades culturais, feira de livros, lançamentos e uma conferência de encerramento que será bastante disputada", afirma o portal do congresso. Como modo de evidenciar a multiplicidade no Conlab, participarão representantes da Bahia e de outros estados das cinco regiões brasileiras e também estrangeiros, em particular originários de Portugal e de algumas nações do continente africano.
Também serão proferidas conferências no decorrer do encontro. A conferência de abertura, no dia 7 de agosto, será conduzida no salão nobre do Palácio da Reitoria da Ufba, no bairro do Canela, pelo baiano Paulo Fernandes de Moraes Farias, especialista em História Africana e pesquisador sênior da Escola de Estudos Históricos da Universidade de Birmingham, na Inglaterra. No dia 8, o professor português Manuel Villaverde Cabral, diretor do Instituto do Envelhecimento da Universidade de Lisboa, discutirá Envelhecimento Demográfico e Políticas Públicas: Uma Nova Crítica Sociológica do Envelhecimento Ativo.
Diretor executivo do Instituto das Nações Unidas para Treinamento e Pesquisa (Unitar), o célebre guineense Carlos Lopes, PhD em História pela Universidade de Paris - Sorbonne, ministrará Crescimento Econômico e Desigualdade: As Novidades Pós-Consenso de Washington, no dia 9. O proeminente escritor e jornalista moçambicano António Emílio Leite Couto, mais conhecido pelo nome artístico Mia Couto, vinculado às lutas pela libertação de sua pátria e destacado por sua extensa obra literária, terá a honra de encerrar os trabalhos do XI Conlab, com a conferência Um Mar Vivo: Como Jorge É Amado em África, no dia 10 de agosto, na sala principal do Teatro Castro Alves.
Eixos interdisciplinares
Onze eixos temáticos serão problematizados: 1) Identidades, poder e política no mundo luso-afro-brasileiro; 2) Religiões e religiosidades: identidades e diversidades; 3) Direitos e cidadanias: políticas públicas, educação, sustentabilidade e redes sociais; 4) Cultura, sociabilidade e pluralismos culturais: interseções de gênero, classe, família, raça e etnia; 5) Corpo, saúde e sexualidades; 6) Patrimônios culturais: poder e memória; 7) Territorialidades e identidades: migrações, deslocamentos e diversidade cultural; 8) Linguagens, literaturas e artes: diferenças e diversidades; 9) Relações internacionais, Estado e pluralidade cultural: projetos, conflitos e conexões; 10) Comunicação, ciência e tecnologia; 11) Recursos naturais, campesinato e globalização: mobilização, conflitos e gestão.
Graças ao impacto e à repercussão nas edições do Conlab, além da promoção de encontros bienais, o crescimento das iniciativas de fomento à cooperação entre instituições e cientistas sociais de países lusófonos está se tornando viável. Um exemplo notório desses convênios de intercâmbio acadêmico é a Bolsa Luso-Afro-Brasileira, concedida anualmente pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS), que tem como propósito incentivar o debate científico e a presença em conferências e seminários no âmbito da pós-graduação. O comitê organizador do XI Conlab é constituído por pesquisadores de todas as universidades públicas da Bahia, sob a coordenação do Centro de Estudos Afro-Orientais da Ufba (Ceao).
Com informações do portal do XI Conlab
Neste ano, Salvador terá a honra de abrigar a décima primeira edição do Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais (XI Conlab). Entre os dias 7 e 10 de agosto, especialistas em Ciências Sociais e Humanidades provenientes de países de língua oficial portuguesa estarão reunidos para dialogar acerca dos pluralismos, das diversidades e das complexidades de culturas e sociedades diferenciadas, como o universo lusófono, em seus vários aspectos. Tendo como tema "Diversidades e (Des) Igualdades", o congresso será discutido em onze eixos temáticos interdisciplinares.
A Bahia foi escolhida estrategicamente para ser a sede do encontro, de periodicidade bienal, visando contribuir para a projeção do estado como centro de referência das discussões sociais que, segundo informações da assessoria de comunicação do evento, "é uma tarefa estimulante". Ainda conforme a assessoria, o tema "Diversidades e (Des) Igualdades" proporcionará aos participantes, inclusive pesquisadores novatos e experientes, a inegável oportunidade de apresentar e conhecer pesquisas elaboradas por estudiosos de instituições universitárias luso-afro-brasileiras e distribuídas entre 91 grupos de trabalho.
Iniciado em 1990, em Coimbra, Portugal, o Conlab é um congresso internacional onde sociólogos, antropólogos e cientistas políticos de países de língua oficial portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste - se reúnem com o objetivo de promover o desenvolvimento de uma comunidade de cientistas sociais dessas nações, estreitando os laços multilaterais e ampliando os dispositivos de cooperação científica entre pesquisadores e instituições. Sua última edição foi realizada entre 4 e 7 de fevereiro de 2009, na Universidade do Minho, na cidade portuguesa de Braga, com um público contabilizado em cerca de 2 mil participantes.
Muito além da academia
Além da programação acadêmica, que acontecerá no Pavilhão de Aulas da Federação (PAF), no Campus Ondina da Universidade Federal da Bahia (Ufba), o XI Conlab contará com eventos públicos e manifestações culturais no Centro Histórico. "Para abrilhantar ainda mais o evento, estão previstas atividades culturais, feira de livros, lançamentos e uma conferência de encerramento que será bastante disputada", afirma o portal do congresso. Como modo de evidenciar a multiplicidade no Conlab, participarão representantes da Bahia e de outros estados das cinco regiões brasileiras e também estrangeiros, em particular originários de Portugal e de algumas nações do continente africano.
Também serão proferidas conferências no decorrer do encontro. A conferência de abertura, no dia 7 de agosto, será conduzida no salão nobre do Palácio da Reitoria da Ufba, no bairro do Canela, pelo baiano Paulo Fernandes de Moraes Farias, especialista em História Africana e pesquisador sênior da Escola de Estudos Históricos da Universidade de Birmingham, na Inglaterra. No dia 8, o professor português Manuel Villaverde Cabral, diretor do Instituto do Envelhecimento da Universidade de Lisboa, discutirá Envelhecimento Demográfico e Políticas Públicas: Uma Nova Crítica Sociológica do Envelhecimento Ativo.
Diretor executivo do Instituto das Nações Unidas para Treinamento e Pesquisa (Unitar), o célebre guineense Carlos Lopes, PhD em História pela Universidade de Paris - Sorbonne, ministrará Crescimento Econômico e Desigualdade: As Novidades Pós-Consenso de Washington, no dia 9. O proeminente escritor e jornalista moçambicano António Emílio Leite Couto, mais conhecido pelo nome artístico Mia Couto, vinculado às lutas pela libertação de sua pátria e destacado por sua extensa obra literária, terá a honra de encerrar os trabalhos do XI Conlab, com a conferência Um Mar Vivo: Como Jorge É Amado em África, no dia 10 de agosto, na sala principal do Teatro Castro Alves.
Eixos interdisciplinares
Onze eixos temáticos serão problematizados: 1) Identidades, poder e política no mundo luso-afro-brasileiro; 2) Religiões e religiosidades: identidades e diversidades; 3) Direitos e cidadanias: políticas públicas, educação, sustentabilidade e redes sociais; 4) Cultura, sociabilidade e pluralismos culturais: interseções de gênero, classe, família, raça e etnia; 5) Corpo, saúde e sexualidades; 6) Patrimônios culturais: poder e memória; 7) Territorialidades e identidades: migrações, deslocamentos e diversidade cultural; 8) Linguagens, literaturas e artes: diferenças e diversidades; 9) Relações internacionais, Estado e pluralidade cultural: projetos, conflitos e conexões; 10) Comunicação, ciência e tecnologia; 11) Recursos naturais, campesinato e globalização: mobilização, conflitos e gestão.
Graças ao impacto e à repercussão nas edições do Conlab, além da promoção de encontros bienais, o crescimento das iniciativas de fomento à cooperação entre instituições e cientistas sociais de países lusófonos está se tornando viável. Um exemplo notório desses convênios de intercâmbio acadêmico é a Bolsa Luso-Afro-Brasileira, concedida anualmente pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS), que tem como propósito incentivar o debate científico e a presença em conferências e seminários no âmbito da pós-graduação. O comitê organizador do XI Conlab é constituído por pesquisadores de todas as universidades públicas da Bahia, sob a coordenação do Centro de Estudos Afro-Orientais da Ufba (Ceao).
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