Sessão discutiu os rumos para a Copa de 2014 na Bahia
Evento realizado no plenário da Assembleia Legislativa abriu espaço para os desafios do campeonato no estado
As diretrizes a serem traçadas na Bahia para a Copa do Mundo de Futebol de 2014, no Brasil, foram discutidas em sessão especial da Assembleia Legislativa, realizada no plenário da Casa, na manhã desta sexta-feira. Proposto pelo deputado Álvaro Gomes (PC do B), o evento, intitulado “Desafios para a Copa 2014 na Bahia”, também apresentou o Plano Diretor da Copa 2014 no estado. A sessão foi declarada aberta pelo presidente da Assembleia, deputado Marcelo Nilo (PDT).
Na tribuna do plenário, Álvaro Gomes, primeiro orador inscrito, parabenizou os convidados por seu prestígio no evento. Marcaram presença representantes estaduais e municipais, dirigentes de entidades representativas e parlamentares. Na Assembleia, Álvaro é um dos árduos defensores da abertura da Copa na Bahia, e ao lado de outros parlamentares, está lutando, em clima de unidade, para assegurar recursos destinados à realização do torneio no estado.
Para a Copa, deverão ser gerados no estado 3.600 milhões de novos empregos. “O que nós queremos não é crescimento. Nós queremos é desenvolvimento econômico e geração de emprego e renda”, pondera Álvaro. Além disso, a vinda do campeonato para terras baianas estimulará o investimento em esporte para melhorar as condições de vida da população, pois ele é uma das questões fundamentais do ser humano.
Parceria estratégica
O coordenador do Escritório da Copa da Prefeitura de Salvador, Leonel Leal, declarou que a capital está enfrentando os desafios da mobilidade urbana e da geração de emprego e renda. Segundo ele, Salvador tem condições de receber o campeonato por meio de uma parceria estratégica entre a Prefeitura e o Governo do Estado, e uma Copa sustentável só será possível com a execução de um conjunto amplo de iluminação, mobilidade e outros fatores de êxito na cidade.
No Congresso Nacional, os deputados Daniel Almeida e Alice Portugal, ambos do PC do B, têm lutado sobre a vinda da Copa para o estado. Com sua retórica veemente, Alice explicou que a Secopa deve ser “reabastecida de energias” para assegurar a sua magnitude. “É preciso avançar mais, constituir de fato, os desequilíbrios regionais”, afirmou.
Com o propósito de aprimorar a prática esportiva na Bahia, a comunista defende abertamente, além da construção da Arena Fonte Nova, o restabelecimento, em Salvador, de dois equipamentos hoje demolidos em virtude da derrubada do velho Estádio Octávio Mangabeira – o centro olímpico e o ginásio. Cada discurso que Alice proferiu na sessão mereceu aplausos devido à sua veemência.
Segundo Elias Dourado, chefe de gabinete da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), a criação da Secretaria Extraordinária para Assuntos da Copa do Mundo Fifa Brasil 2014 (Secopa), em 2009, foi um momento especial para impulsionar o ingresso da Bahia no universo das cidades-sedes.
Sem ficar de fora
Representando o presidente da Federação Baiana de Futebol (FBF), Ednaldo Rodrigues, o vice-presidente Manfredo Lessa salientou que a Bahia não deve ser excluída da união entre os estados que sediarão o campeonato. Para o secretário da Secopa, Ney Campello, o evento “é muito mais do que a dimensão lúdica do torcedor em comemorar e celebrar”. Nos próximos anos, segundo Campello, a Bahia será não só uma referência esportiva, mas também nacional na organização da Copa 2014.
Além da Copa, as Olimpíadas de 2016 poderão ser elementos catalisadores da estratégia da Bahia, sendo uma oportunidade única de promovê-la nacional e internacionalmente. A construção da Arena Fonte Nova e a realização da Copa terão como legado a infraestrutura qualitativa e quantitativa. O Plano Diretor está apoiado em três pilares: estratégias, programas e modelo de gestão.
Foi elaborado, pela consultoria Pricewaterhouse Coopers, um diagnóstico da situação atual de Salvador cuja metodologia é analisar as 9 dimensões de infraestrutura na cidade. A vereadora Olívia Santana (PC do B) justifica a não redução da Copa à condição de evento, sendo um empreendimento que deixará um enorme legado para a Bahia. “É preciso ter maestria na defesa dos interesses do estado”, assegura Olívia. Ney Campello ponderou que a sessão na Assembleia, encerrada por seu proponente, Álvaro Gomes, cumpriu plenamente seu objetivo pela capacidade de mobilização.
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