A infância em declínio
15 de abril de 2009
Observar constantemente esses bandidos urbanos sempre foi uma rotina cotidiana nas grandes metrópoles do Brasil e do mundo. É um problema seriíssimo que incomoda as autoridades e as organizações não-governamentais que defendem os interesses dos direitos humanos e da melhoria das condições de vida da população. Pequenos cidadãos comuns, com idades abaixo de 18 anos, continuam vivendo livremente em locais públicos, por isso perdem oportunidades para conseguir esperanças de um futuro melhor. Quem são esses cidadãos comuns?
São os famigerados meninos de rua, retratos cruéis da indignação, da ignorância, da marginalidade e do triste descaso socioeconômico dos maiores centros urbanos. Desde o Período Colonial, o número de crianças e de adolescentes moradores de rua continua crescendo rapidamente no Brasil, tornando-se um dos países do mundo com elevadas taxas deste deplorável obstáculo que agrava ainda mais o dia a dia da sociedade.
Assim como qualquer indivíduo carente, cuja renda familiar não passa de um salário mínimo, os meninos de rua vivem em condições extremamente precárias, lamentáveis e apavorantes, fazendo das vias e praças públicas um “lar doce lar” para eles mesmos. Para garantir a sua sobrevivência, essas criaturas solitárias e às vezes violentas improvisam abrigos em passeios, viadutos, túneis, praças e até mesmo em bueiros e galerias de metrô; ajudam no sustento das suas famílias trabalhando como vendedores ambulantes, lavadores de para-brisa e guardadores de automóveis; consomem e oferecem drogas e entram no mundo do crime.
Aqui em Salvador, existem inúmeros casos de mendicância e trabalho infantis, o que torna a terceira maior cidade do país numa das metrópoles com maiores índices desses vergonhosos problemas. Em pontos estratégicos da capital baiana, é possível ver pequenos indigentes por todos os lados. Como exemplos que eu considero chocantes, temos meninos dormindo noite e dia na Praça da Piedade, limpando vidros de para-brisa em carros que circulam sem parar em avenidas movimentadas, morando embaixo dos viadutos da Fonte Nova e Raul Seixas (Iguatemi) e se drogando no imponente Passeio Público, um dos mais belos monumentos da cidade. Isto revela a infância perdida de milhares de menores abandonados soteropolitanos.
Se o sistema dominante – capitalismo selvagem – ainda é bruto demais, o grau de dificuldade para solucionar a médio ou longo prazo certos empecilhos que restringem o acesso às necessidades fundamentais dos seres humanos – educação, saúde, higiene, alimentação, habitação, segurança, vestuário, trabalho, lazer, cultura, esporte e cidadania – é bastante alto.
Será que essas criaturinhas, que a princípio eram consideradas como “presentes de Deus”, se esqueceram de confiar nas preciosas obras do Senhor para se dedicar somente ao submundo? Repare para aqueles menores mal-educados pedindo esmola a pessoas conscientes numa determinada avenida. Esta triste cena, apesar de não pertencer a nenhum filme, se repete com frequência em qualquer cidade grande.
Enquanto políticos gastam milhões de reais em viagens, moradia e outras mordomias que uma minoria privilegiada tem acesso e ainda se preocupam em futilidades, o povo pobre – paupérrimo –, incluindo os meninos de rua, permanece totalmente alheio aos benefícios de assistência social, chorando nos lugares onde vivem. Quando os políticos estão se interessando em outras coisas que não têm nada a ver com a nossa realidade nua e crua, eles não têm coragem para enfrentar as péssimas situações por que passa o país.
Cadê os programas de apoio ao menor? Estão praticamente engavetados nos arquivos dos governos. Cabe aos próprios governantes e também à iniciativa privada a complexa e importante tarefa de resgatar crianças e adolescentes das ruas, avenidas e praças, com o principal objetivo de ressocializá-los, sendo necessárias a valorização, a qualificação e a humanização da infância e da juventude brasileira. Devemos, em primeiro lugar, investir pesado nisso para que os nossos queridinhos voltem a sorrir, estudar, brincar, pular, dançar e se alegrar.
São os famigerados meninos de rua, retratos cruéis da indignação, da ignorância, da marginalidade e do triste descaso socioeconômico dos maiores centros urbanos. Desde o Período Colonial, o número de crianças e de adolescentes moradores de rua continua crescendo rapidamente no Brasil, tornando-se um dos países do mundo com elevadas taxas deste deplorável obstáculo que agrava ainda mais o dia a dia da sociedade.
Assim como qualquer indivíduo carente, cuja renda familiar não passa de um salário mínimo, os meninos de rua vivem em condições extremamente precárias, lamentáveis e apavorantes, fazendo das vias e praças públicas um “lar doce lar” para eles mesmos. Para garantir a sua sobrevivência, essas criaturas solitárias e às vezes violentas improvisam abrigos em passeios, viadutos, túneis, praças e até mesmo em bueiros e galerias de metrô; ajudam no sustento das suas famílias trabalhando como vendedores ambulantes, lavadores de para-brisa e guardadores de automóveis; consomem e oferecem drogas e entram no mundo do crime.
Aqui em Salvador, existem inúmeros casos de mendicância e trabalho infantis, o que torna a terceira maior cidade do país numa das metrópoles com maiores índices desses vergonhosos problemas. Em pontos estratégicos da capital baiana, é possível ver pequenos indigentes por todos os lados. Como exemplos que eu considero chocantes, temos meninos dormindo noite e dia na Praça da Piedade, limpando vidros de para-brisa em carros que circulam sem parar em avenidas movimentadas, morando embaixo dos viadutos da Fonte Nova e Raul Seixas (Iguatemi) e se drogando no imponente Passeio Público, um dos mais belos monumentos da cidade. Isto revela a infância perdida de milhares de menores abandonados soteropolitanos.
Se o sistema dominante – capitalismo selvagem – ainda é bruto demais, o grau de dificuldade para solucionar a médio ou longo prazo certos empecilhos que restringem o acesso às necessidades fundamentais dos seres humanos – educação, saúde, higiene, alimentação, habitação, segurança, vestuário, trabalho, lazer, cultura, esporte e cidadania – é bastante alto.
Será que essas criaturinhas, que a princípio eram consideradas como “presentes de Deus”, se esqueceram de confiar nas preciosas obras do Senhor para se dedicar somente ao submundo? Repare para aqueles menores mal-educados pedindo esmola a pessoas conscientes numa determinada avenida. Esta triste cena, apesar de não pertencer a nenhum filme, se repete com frequência em qualquer cidade grande.
Enquanto políticos gastam milhões de reais em viagens, moradia e outras mordomias que uma minoria privilegiada tem acesso e ainda se preocupam em futilidades, o povo pobre – paupérrimo –, incluindo os meninos de rua, permanece totalmente alheio aos benefícios de assistência social, chorando nos lugares onde vivem. Quando os políticos estão se interessando em outras coisas que não têm nada a ver com a nossa realidade nua e crua, eles não têm coragem para enfrentar as péssimas situações por que passa o país.
Cadê os programas de apoio ao menor? Estão praticamente engavetados nos arquivos dos governos. Cabe aos próprios governantes e também à iniciativa privada a complexa e importante tarefa de resgatar crianças e adolescentes das ruas, avenidas e praças, com o principal objetivo de ressocializá-los, sendo necessárias a valorização, a qualificação e a humanização da infância e da juventude brasileira. Devemos, em primeiro lugar, investir pesado nisso para que os nossos queridinhos voltem a sorrir, estudar, brincar, pular, dançar e se alegrar.
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