Morte de Eduardo Campos repercute na Bahia
Presidenciável
do PSB morreu nesta quarta-feira num acidente aéreo em Santos, litoral
paulista, que também matou parte de sua equipe de campanha. Candidata do
partido ao governo baiano, Lídice se sensibilizou com tragédia em coletiva
Campos
(segurando
o celular, em caminhada em Salvador na semana passada) faleceu prematuramente aos 49 anos, completados no último domingo, Dia
dos Pais
(Foto: Henrique Mendes/G1 Bahia – 07/08/2014)
O Brasil ficou chocado com o desastre aéreo inesperado
que vitimou o candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, juntamente com seis dos integrantes de sua equipe que estavam a bordo com ele, na manhã desta quarta-feira
(13) em Santos, no litoral de São Paulo. A repercussão da tragédia também chegou
à Bahia, onde a postulante do partido ao governo estadual, senadora Lídice da
Mata, prestou condolências pelo falecimento prematuro do amigo e correligionário.
Durante a queda da aeronave particular
em que Campos seguiria viagem com destino ao Guarujá, cidade vizinha a Santos, também vieram a óbito os
fotógrafos Alexandre Severo e Silva, 36 anos, e Marcelo de Oliveira Lyra, 37, o
assessor de imprensa Carlos Augusto Leal Filho, 36, o Percol, os pilotos Geraldo
Magela Barbosa da Cunha, 45, e Marcos Martins, 42, e o advogado e ex-deputado
federal Pedro Valadares Neto, 48, o Pedrinho Valadares, filiado ao Partido Verde (PV) de Sergipe.
Em coletiva concedida no seu comitê de campanha na Pituba, em Salvador, Lídice, sensibilizada, iniciou seu curto depoimento manifestando solidariedade à família do presidenciável, incluindo sua mãe, a ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes, sua esposa Renata e seus cinco filhos. “Nós todos estamos bastante emocionados, Eduardo esteve conosco (no Pelourinho) há seis dias (no último dia 7), animado com a campanha, e mostrando, portanto, alegria em seu convívio”, recordou.
Em coletiva concedida no seu comitê de campanha na Pituba, em Salvador, Lídice, sensibilizada, iniciou seu curto depoimento manifestando solidariedade à família do presidenciável, incluindo sua mãe, a ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes, sua esposa Renata e seus cinco filhos. “Nós todos estamos bastante emocionados, Eduardo esteve conosco (no Pelourinho) há seis dias (no último dia 7), animado com a campanha, e mostrando, portanto, alegria em seu convívio”, recordou.
A candidata afirmou ainda que o ex-governador
de Pernambuco, que além de jovem – completou 49 anos no domingo passado (10),
Dia dos Pais – era uma pessoa muito alegre, simpática, com pleno vigor e
disposição. Portanto, para ela, Campos gostava de fazer piadas e brincar com o
jeito nordestino que o caracterizava. Além disso, era muito simples e direto
nas suas relações familiar e política e preocupado com as questões centrais da
agenda do país.
Luto e consternação
Na nota oficial assinada pela comissão executiva
estadual do PSB, a legenda, por declarar-se absolutamente perplexa e consternada com a
morte do seu presidente nacional, está de luto, cancelando toda e qualquer
atividade política. Segundo o comunicado, os socialistas baianos viam em Campos
“não só um líder de grande sabedoria, apesar de sua
juventude, mas um amigo querido que somente nos últimos meses esteve seis vezes
em nosso estado”.
Com a perda trágica do “nosso líder, nosso presidente”, conforme definiu a nota do partido, ele deixou para a posteridade “um legado de coragem, lucidez e competência” para cada um de seus correligionários e também para todo o povo brasileiro. “Sua mensagem de esperança e fé no Brasil será a chama que iluminará para sempre os nossos passos”, completou o documento, lido por Lídice.
Com a perda trágica do “nosso líder, nosso presidente”, conforme definiu a nota do partido, ele deixou para a posteridade “um legado de coragem, lucidez e competência” para cada um de seus correligionários e também para todo o povo brasileiro. “Sua mensagem de esperança e fé no Brasil será a chama que iluminará para sempre os nossos passos”, completou o documento, lido por Lídice.
Eliana
Calmon e Lídice (a segunda e a terceira, respectivamente, da
esquerda para a direita) prestaram
solidariedade aos familiares do candidato morto
(Foto: Márcia Araújo)
Campos articulou entrada de Eliana
Também presente à coletiva, a candidata do
PSB ao Senado, Eliana Calmon, considerou Eduardo Campos um grande articulador do
ingresso da ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na política
partidária, ao lado de Marina Silva, companheira da chapa encabeçada pelo
pernambucano, falecido obviamente no mesmo dia em que a morte do seu avô, o
também socialista e ex-governador Miguel Arraes (1916-2005), completou nove
anos. Arraes era vítima de infecção generalizada.
“A minha exigência (foi) que eles (Campos e
Marina) chegariam para a Bahia – eu queria ir para a Bahia, e não sairia
para outro estado ou para o Distrito Federal –, e eles me disseram que estariam
de portas abertas na Bahia, quando a minha companheira, a senadora Lídice da
Mata, me ligou, dizendo que a Bahia estaria de portas abertas para me receber
para qualquer um dos cargos que eu pudesse me candidatar. Dessa forma, foi que
eu cheguei à Bahia pelas mãos de Eduardo, que foi meu incentivador”, disse.
Graças ao presidenciável socialista, agora
falecido, Eliana aprendeu, entre os meses da pré-campanha e, agora, da campanha
eleitoral, a ensinar e a mostrar uma nova política no país, idealizada e já praticada por
Marina Silva, e que Campos deu continuidade. “Dessa maneira, eu acho que o
Brasil perde um grande estadista, perde um grande homem e, sobretudo, a
oportunidade de ter um jovem unido, alegre e inteligente, sendo um dirigente
maior do Brasil”, sintetizou a futura senadora.
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Deise Luce