Futuros fotógrafos retratam a Boa Morte com suas lentes
Aspectos antropológicos da célebre festa popular de Cachoeira foram expostos em imagens captadas por estudantes do CST de Fotografia
Hugo Gonçalves - Estudante do 6º Semestre de Jornalismo da Unijorge
Hugo Gonçalves - Estudante do 6º Semestre de Jornalismo da Unijorge
Matéria publicada na terceira página do jornal Casulo, publicação interna do Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge), nº 67, outubro de 2011
Secular manifestação religiosa do Recôncavo, a festa da Boa Morte é celebrada entre 13 e 17 de agosto de cada ano
(Foto: Reprodução)
Alunos do 2º Semestre do Curso Superior de Tecnologia (CST) de Fotografia da UNIJORGE expuseram, em 23 de setembro, no píer do Campus Paralela da instituição, imagens captadas na Festa da Boa Morte, na histórica cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, sob uma perspectiva etnográfica. Na exposição, foram apresentados elementos culturais de matriz africana e a convivência entre crenças distintas.
Durante um dos mais célebres e tradicionais festejos populares da Bahia, celebrado anualmente entre os dias 13 e 17 de agosto, os estudantes Amanda Oliveira, Graça Guimarães, Jonilson Farias, Malena Souza, Mário Sérgio, Mônica Barbosa e Rita Freire resgataram fragmentos antropológicos da ancestralidade através de suas lentes. A organização da mostra coube a uma comissão, composta por Graça, Mário e Rita.
Graça Guimarães anunciou a exposição da Festa da Boa Morte como a primeira organizada pelo recém-instalado curso de Fotografia. “Nós estamos buscando registros de algumas manifestações de rua, manifestações populares para manter na história. A gente já fez algumas festas, que a gente também vai estar expondo, como Maragogipe, o 2 de Julho e o 7 de Setembro”, explica a estudante. Conforme ela, a manifestação é “uma festa que fala muito da cultura do povo da Bahia”.
Mário Sérgio examina o contexto histórico-antropológico da manifestação, comemorada desde 1820, ao ser relacionado com a Irmandade da Boa Morte, confraria afro-católica constituída exclusivamente por mulheres negras no seio de uma sociedade patriarcal. “A Irmandade comprava a carta de alforria dos escravos”, diz Mário Sérgio. Além da libertação dos escravos, membros da confraria cachoeirana colaboraram com outras obrigações, a maioria de cunho religioso.
Para a coordenadora do CST de Fotografia da UNIJORGE, Suzana de Almeida, parte dos registros que compuseram a mostra integra o Projeto de Iniciação Científica, desenvolvido pelos alunos da instituição. “É importante a gente falar que a parte mais interessante e positiva desta exposição é que foi uma ação promovida e concebida pelos próprios alunos”, destaca Suzana.
P.S.: Quando esta matéria foi publicada no Casulo, o olho (frase que aparece logo abaixo do título) foi suprimido.
Durante um dos mais célebres e tradicionais festejos populares da Bahia, celebrado anualmente entre os dias 13 e 17 de agosto, os estudantes Amanda Oliveira, Graça Guimarães, Jonilson Farias, Malena Souza, Mário Sérgio, Mônica Barbosa e Rita Freire resgataram fragmentos antropológicos da ancestralidade através de suas lentes. A organização da mostra coube a uma comissão, composta por Graça, Mário e Rita.
Graça Guimarães anunciou a exposição da Festa da Boa Morte como a primeira organizada pelo recém-instalado curso de Fotografia. “Nós estamos buscando registros de algumas manifestações de rua, manifestações populares para manter na história. A gente já fez algumas festas, que a gente também vai estar expondo, como Maragogipe, o 2 de Julho e o 7 de Setembro”, explica a estudante. Conforme ela, a manifestação é “uma festa que fala muito da cultura do povo da Bahia”.
Mário Sérgio examina o contexto histórico-antropológico da manifestação, comemorada desde 1820, ao ser relacionado com a Irmandade da Boa Morte, confraria afro-católica constituída exclusivamente por mulheres negras no seio de uma sociedade patriarcal. “A Irmandade comprava a carta de alforria dos escravos”, diz Mário Sérgio. Além da libertação dos escravos, membros da confraria cachoeirana colaboraram com outras obrigações, a maioria de cunho religioso.
Para a coordenadora do CST de Fotografia da UNIJORGE, Suzana de Almeida, parte dos registros que compuseram a mostra integra o Projeto de Iniciação Científica, desenvolvido pelos alunos da instituição. “É importante a gente falar que a parte mais interessante e positiva desta exposição é que foi uma ação promovida e concebida pelos próprios alunos”, destaca Suzana.
P.S.: Quando esta matéria foi publicada no Casulo, o olho (frase que aparece logo abaixo do título) foi suprimido.
Confira algumas fotografias captadas na Festa da Boa Morte, em Cachoeira, por alunos do CST de Fotografia, e apresentadas na exposição, em 23 de setembro
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