Bahia dá adeus ao "Diabo Loiro"

O ex-ponta-direita Marito, ídolo do tricolor na conquista da Taça Brasil de 1959, morreu aos 79 anos. Corpo foi enterrado no Jardim da Saudade

Com informações do iBahia

Marito ficou famoso por sua fantástica capacidade nos dribles
(Foto: Hailton Andrade/iBahia)

Herói do triunfo da Taça Brasil de 1959 contra o Santos de Pelé, o ex-ponta-direita do Esporte Clube Bahia, Marito, faleceu na madrugada deste domingo (18), aos 79 anos, de causa não revelada, em sua casa, em Salvador. Conhecido também por seu cognome “Diabo Loiro”, ele foi o segundo integrante da equipe vencedora do pioneiro título brasileiro a partir em 2011, depois do seu capitão, o ex-lateral-direito Leone, morto há três meses.

Em nota, o presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho, e a diretoria do clube lamentaram “o passamento deste herói tricolor” e prestaram “os mais sinceros votos de solidariedade aos amigos e familiares".

Habilíssimo

Mário da Nova Bahia, criado no bairro da Ribeira, se consagrou por sua fantástica habilidade em driblar os adversários, sendo considerado o maior jogador em sua posição de toda a história do tricolor. A paixão de Marito pela bola surgiu graças ao inestimável suporte do seu irmão mais velho, José, um “doido por futebol”, nas palavras dele, em matéria veiculada no jornal Correio*, em 3 de fevereiro deste ano sobre a sua vida.

Antes de migrar para o Bahia, clube que defendeu entre 1953 e 1962, Marito peregrinou em outros times soteropolitanos hoje decadentes: o São Cristóvão e o Ypiranga. Contudo, em testemunho publicado na mesma matéria, ele quase foi transferido para o Vasco no início dos anos 1950, a convite do técnico Flávio Costa (1906-1999), para treinar no Expresso da Vitória, célebre equipe que marcou época no alvinegro carioca entre 1942 e 1952. A ideia de o “Diabo Loiro” atuar no Rio de Janeiro, porém, não vingou.

Durante os anos em que vestiu o uniforme do Esquadrão de Aço, o “Diabo Loiro”, além de faturar a Taça Brasil, conquistou sete vezes o Campeonato Baiano (1954, 1956, e o pentacampeonato - 1958, 1959, 1960, 1961 e 1962). Encerrou sua carreira após o penta de 1962, aos 29 anos, “cansado das viagens”, como disse a matéria do Correio*, assinada pelo repórter Marcelo Sant'Anna. “O patrimônio do Bahia é a torcida. Eu tenho minha saudade”, alegrou-se Marito ao jornalista, no ocaso de sua vida física.

Presente em filme

Marito foi escolhido um dos melhores jogadores da história do Bahia pelo Correio*, no ano passado. O corpo do ex-jogador, que participou das gravações do filme Bahêa minha vida, prestes a estrear no dia 30, nos shoppings Iguatemi e Paralela, foi sepultado às 15:30, no Cemitério Jardim da Saudade, em Brotas.

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