Passeando pela cidade-fragmento

Fim de linha da Boca do Rio
(Foto: Hugo Gonçalves)

O comércio popular está em constante expansão.
Formigueiros de gente invadem todas as cidades.
Camelôs, mercadinhos, mercados e supermercados.
Pessoas compram de tudo, abastecendo suas casas.

Ainda há lojas de diversos tamanhos e ramos.
Moradores urbanos passeiam pelas ruas e travessas.
Bares, restaurantes, lanchonetes e pastelarias.
Pessoas se encontram em busca de uma conversa.

Nossa comunidade se assemelha a um vilarejo
Onde o povo se coabita como um mosaico demográfico
Creches, escolinhas, escolas e colégios
Onde crianças e jovens aprendem uma lição prática.

O povo isolado na rua é um sinal de pura tristeza
Acabando gradativamente com a paz e a esperança.
Meninos de rua pedindo esmola por todos os lados
Sinalizam que não há futuro nessa espécie de criança.

Transportes coletivos conectam-se a outros bairros
Trazendo-lhes mais dinamismo, rapidez e movimento.
Cotidianamente, estudantes e profissionais viajam
Numa jornada interminável pela cidade-fragmento.

Motoristas de ônibus enfrentam o cansaço diário
E repousam em suas residências após um longo trabalho.
Quando param em fins de linha, os passageiros se levantam
Junto a abrigos amarelos de concreto armado.

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