Mais barato e popular
Programas sensacionalistas, que geralmente são destinados às classes mais populares, servem para chamar a atenção das mesmas através das imagens chocantes de algum episódio que acontece em qualquer lugar. O sensacionalismo mais comum na mídia é o barato, também conhecido como popularesco ou grotesco, e é encontrado em programas de TV, como Que Venha o Povo, Se liga Bocão e Na Mira. Ele se caracteriza pela constante divulgação da miséria, da pobreza e das ondas de violência.
Já que existe, na mídia, o sensacionalismo barato, será que há o sensacionalismo caro? Para mim, essa modalidade existe na telinha, e é utilizada em atrações do tipo Brasil Urgente, de José Luiz Datena, e Márcia, ambas exibidas na Band, e Casos de família, apresentado por Claudete Troiano no SBT.
Alguém pode me perguntar por que o sensacionalismo é chamado de barato? O sensacionalismo é barato por causa do preço que as emissoras de TV cobram para exibir seus programas? Ou da qualidade das suas imagens que a televisão capta para os telespectadores? Nada disso...
É a forma como os jornalistas se referem ao detalhamento de um fato ocorrido não só nas metrópoles, onde ocorre a maioria dos crimes, mas também em outras cidades e até no campo. Geralmente, os apresentadores e repórteres mostram às massas cenas aterrorizantes que as deixam apavoradas. O papel do sensacionalismo é, principalmente, isso.
O mais radical dos programas sensacionalistas aqui na Bahia é o Na Mira, comandado pelo jornalista Uziel Bueno de segunda a sexta, na TV Aratu. É também o mais barato. Todos os dias, Uziel, vestido de policial e com seu vozeirão ativo, alerta o crescente avanço da violência no estado através das notícias que ele anuncia corajosamente.
Para distinguir a realidade da fantasia na nossa televisão, Uziel repete, em seu programa, os bordões que viraram febre entre o povo baiano: "Aqui não é TV da Xuxa, aqui não é Disneylândia", "O sistema é bruto, meu amigo, para qualquer um". Há, também, a frase dita por um sujeito oculto, a Coisa, cujo rosto não quer mostrar, tornando-o irreconhecível do público: "Socorro, meu Deus, eu não quero morrer!". É com essa frase que o povo enfrenta o medo e o perigo que o assombra.
Algumas emissoras usam o sensacionalismo para complementar sua grade de programação, aproximando-o das classes C, D e E. Na Bahia, as TVs Aratu e Itapoan, tradicionalmente populistas, o utilizam com frequência. O lado populista é o verdadeiro (e polêmico) retrato da sociedade divulgado através dos programas de televisão, que exibem a realidade nua e crua.
Numa sociedade onde a educação não é tratada como prioridade fundamental, a exploração, a investigação e a valorização das desigualdades sociais servem para provocar, cotidianamente, os impactos que elas trazem aos telespectadores. Portanto, as reportagens sobre os perigos que invadem a sociedade são feitas para conseguir audiência.
Já que existe, na mídia, o sensacionalismo barato, será que há o sensacionalismo caro? Para mim, essa modalidade existe na telinha, e é utilizada em atrações do tipo Brasil Urgente, de José Luiz Datena, e Márcia, ambas exibidas na Band, e Casos de família, apresentado por Claudete Troiano no SBT.
Alguém pode me perguntar por que o sensacionalismo é chamado de barato? O sensacionalismo é barato por causa do preço que as emissoras de TV cobram para exibir seus programas? Ou da qualidade das suas imagens que a televisão capta para os telespectadores? Nada disso...
É a forma como os jornalistas se referem ao detalhamento de um fato ocorrido não só nas metrópoles, onde ocorre a maioria dos crimes, mas também em outras cidades e até no campo. Geralmente, os apresentadores e repórteres mostram às massas cenas aterrorizantes que as deixam apavoradas. O papel do sensacionalismo é, principalmente, isso.
O mais radical dos programas sensacionalistas aqui na Bahia é o Na Mira, comandado pelo jornalista Uziel Bueno de segunda a sexta, na TV Aratu. É também o mais barato. Todos os dias, Uziel, vestido de policial e com seu vozeirão ativo, alerta o crescente avanço da violência no estado através das notícias que ele anuncia corajosamente.
Para distinguir a realidade da fantasia na nossa televisão, Uziel repete, em seu programa, os bordões que viraram febre entre o povo baiano: "Aqui não é TV da Xuxa, aqui não é Disneylândia", "O sistema é bruto, meu amigo, para qualquer um". Há, também, a frase dita por um sujeito oculto, a Coisa, cujo rosto não quer mostrar, tornando-o irreconhecível do público: "Socorro, meu Deus, eu não quero morrer!". É com essa frase que o povo enfrenta o medo e o perigo que o assombra.
Algumas emissoras usam o sensacionalismo para complementar sua grade de programação, aproximando-o das classes C, D e E. Na Bahia, as TVs Aratu e Itapoan, tradicionalmente populistas, o utilizam com frequência. O lado populista é o verdadeiro (e polêmico) retrato da sociedade divulgado através dos programas de televisão, que exibem a realidade nua e crua.
Numa sociedade onde a educação não é tratada como prioridade fundamental, a exploração, a investigação e a valorização das desigualdades sociais servem para provocar, cotidianamente, os impactos que elas trazem aos telespectadores. Portanto, as reportagens sobre os perigos que invadem a sociedade são feitas para conseguir audiência.
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