Regresso à normalidade

Para a nossa felicidade eterna, nós, baianos de corpo e alma, podemos definitivamente regressar à sua clássica rotina laboral e divertida com o término de uma greve que parecia prosseguir. Agora sim, estamos compensando todo o otimismo necessário, todas as sensações de energia, de orgulho e de êxtase.

Nos doze dias de paralisação de todo o contingente da Polícia Militar da Bahia, uma das corporações mais tradicionais do Brasil, as cidades ficaram praticamente vazias, o comércio quase parou e os serviços, idem. Muita gente, inconformada, acreditou na época que uma das gloriosas manifestações-símbolo da capital, o Carnaval, não aconteceria neste ano em razão do caos e da insegurança.

A liquidação da majestosa festa popular, considerada um dos signos da baianidade, todavia, seria inviável para legiões de nativos e de turistas, portanto a folia momesca possui afinidade com essas coletividades que a frequentam. Seguindo essa filosofia, o comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro, garantiu os desfiles nos circuitos. Uma jogada certeira.

Estamos felizes também com a reinstauração das atividades regulares, a exemplo das nostálgicas voltas às aulas e ao trabalho, nas quais reencontramos nossos colegas e saciamos a sua tamanha saudade. Tenho esperanças, já depositadas no meu emocional, que a partir das próximas semanas a nossa vida cotidiana progrida sem imprevistos nem contratempos.

Lógico, correto, iremos repor nossa potência de trabalho e aumentá-la, repletos de confiança e determinação, em nosso benefício. Apesar de a greve cessar, a violência, o pânico e o terror perduram em todo o mundo, mas o nosso ritmo ocupacional é extremo, indelével e persistente. Seja em qualquer circunstância, recuperar nossas alegrias torna-se sinônimo de bem estar.

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