Dilma é reeleita para mais quatro anos de mandato presidencial

Petista vence Aécio Neves em disputa acirrada no segundo turno com 51,64% dos votos válidos e, em discurso após confirmada sua vitória, propõe diálogo e reformas desejadas pela sociedade, incluindo a política
 
Segundo Dilma, união não significa necessariamente unidade de ideias, mas também pressupõe abertura e disposição para um diálogo
(Foto: Reprodução/TV Globo)
 
Numa das mais equilibradas disputas da história recente do Brasil, a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), teve sua reeleição no segundo turno consumada na noite deste domingo (26), obtendo 54.501.118 votos, o equivalente a 51,64%. A petista, que conseguiu renovar seu mandato no Executivo nacional por mais quatro anos, derrotou o senador mineiro Aécio Neves, candidato do PSDB, que totalizou 51.041.155 sufrágios, ou 48,36%.
 
De acordo com os dados da apuração, fornecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 1.918.936 eleitores (1,71%) votaram em branco e 5.210.173 (4,63%) decidiram anular o voto. A quantidade de abstenções neste pleito foi 30.055.530, correspondendo a 21,09% do eleitorado.
 
O resultado final das eleições também evidenciou que o país estava dividido geograficamente entre dois candidatos: enquanto Dilma liderou com ampla vantagem as urnas do Norte e do Nordeste, Aécio se saiu vitorioso nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Contudo, na região mais desenvolvida do Brasil, o tucano venceu em São Paulo e no Espírito Santo, enquanto a rival petista ganhou em Minas Gerais, estado de origem dos dois postulantes, e no Rio de Janeiro.
 
Mudanças necessárias
 
Ao lado do seu companheiro de chapa, o vice-presidente Michel Temer (PMDB), do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de representantes de partidos aliados, Dilma, na condição de reeleita, fez um pronunciamento num hotel de Brasília sob fortes gritos e aplausos da militância. Na ocasião, a chefe do Executivo nacional reiterou seu compromisso nas mudanças que o povo brasileiro anseia, em especial a reforma política, e também na habilidade em dialogar com setores sociais e políticos heterogêneos.
 
"O debate das ideias, o choque de posições, pode produzir espaços de consensos, capazes de mover nossa sociedade nas trilhas de mudanças que tanto necessitamos. (...) Nas democracias maduras, união não significa, necessariamente, unidade de ideias, nem ação monolítica conjunta. Pressupõe, em primeiro lugar, a abertura e disposição para um diálogo. Esta presidenta (sic) aqui está disposta ao diálogo, e é este o meu primeiro compromisso do segundo mandato: diálogo", discursou, emocionada.

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