Como a doença na gengiva se manifesta

Tendo por estágio inicial a gengivite, que é a inflamação da gengiva, o problema, se não for tratado logo, pode evoluir para a fase mais crítica, denominada periodontite

Com informações da revista Despertai! e do Canal da Saúde Bucal


A gengivite, conforme especialista, pode começar na primeira infância
(Foto: Reprodução/Canal da Saúde Bucal)
 
Por ser uma das enfermidades bucais mais comuns no mundo, a doença na gengiva está entre as doenças da boca que implicam "um grave problema de saúde pública", avalia o International Dental Journal. A publicação atesta ainda que esses incômodos causam grandes impactos para as pessoas, como dor, sofrimento, perda de funções e diminuição da qualidade de vida.

 

A doença na gengiva se inicia com a inflamação dessa região, denominada gengivite, que consiste no seu sangramento. De acordo com a revista Despertai!, das Testemunhas de Jeová, a gengivite pode se manifestar ao escovar os dentes, ao usar o fio dental, ao ser examinado pelo dentista ou sem nenhum motivo.

 
"Na fase da gengivite, que pode começar na primeira infância, o tratamento é simples e não deixa sequelas, pois o processo inflamatório só atinge a gengiva", pondera a dentista Cristiane Tavares, do Rio de Janeiro, em artigo no portal Canal da Saúde Bucal.
 
Cristiane afirma que, se a doença na gengiva não for tratada inicialmente quando a pessoa alcança sua fase adulta, ela evolui para o estágio subsequente, chamado periodontite, que é o mais severo. A partir dessa fase, ocorre a destruição das estruturas que sustentam os dentes, como os ossos e os tecidos da gengiva.


Os sintomas da periodontite podem aparecer quando ela já estiver em seu estágio avançado. Entre as suas sequelas recorrentes estão, conforme enumera a Despertai!, a formação de bolsas na gengiva, o amolecimento dos dentes, o distanciamento entre eles, o mau hálito, o sangramento da gengiva e a sua retração, deixando os dentes aparentemente mais alongados.

Um dos fatores que colaboram para o aumento do risco de doença, a placa bacteriana pode se transformar em tártaro
(Foto: Divulgação)
 
Placa bacteriana e gengiva
 
Vários fatores podem colaborar na elevação do risco de desenvolver doença na gengiva, sendo que o mais comum é o acúmulo de placa bacteriana, uma camada fina de bactérias que se prolifera constantemente na superfície dental. Caso a placa não seja removida, as bactérias podem provocar gengivite.
 
À proporção que esse processo inflamatório avança, a gengiva começa a se separar dos dentes, e a placa acumulada de bactérias se infiltra e se multiplica nas raízes. Em consequência, a gengivite ingressa num estágio pior, destruindo os tecidos gengival e ósseo.
 
Já a placa bacteriana, em todo o dente, pode causar endurecimento e ser convertida em cálculo dental, também conhecido como tártaro, cuja remoção é mais difícil por apresentar um aspecto duro e aderente. Logo, as bactérias podem continuar danificando a gengiva.
 
Demais fatores e prevenção
 
Entre outros fatores que contribuem na incidência de doença na gengiva, além da placa bacteriana, estão a má higiene bucal, o uso de medicamentos supressores do sistema imunológico, infecções virais, estresse, diabetes não controlado, tabagismo, alcoolismo e alterações hormonais ocasionadas pela gravidez.
 
Quanto aos demais efeitos, é provável que a doença prejudique a mastigação e o paladar em função da dor ou da perda de dentes, além de poder afetar a fala e a aparência. "Além disso, pesquisas mostram que a saúde bucal está diretamente relacionada à saúde em geral", assinala a Despertai!.
 
Para verificar se o paciente apresenta algum sintoma, recomenda-se que o dentista avalie a gengiva. Todavia, se a doença na gengiva se tornar uma periodontite, é preciso inibir o avanço do problema antes que ela destrua os ossos e os tecidos em volta dos dentes. Os profissionais da área odontológica utilizam instrumentos específicos que removem a placa bacteriana e o tártaro em todos os dentes.
 
É possível reduzir o risco dessa doença de caráter sutil e potencialmente destrutivo através da sua prevenção, embora o acesso à assistência odontológica seja difícil. A manutenção dos hábitos de higiene bucal (confira abaixo), de forma regular e adequada, é o melhor caminho para diminuir os perigos da doença na gengiva.
 
Escovar os dentes duas ou mais vezes por dia é recomendável para combater doença na gengiva
(Foto: Dreamstime)
 
Higiene bucal pode reduzir risco
 
Os dentistas aconselham escovar os dentes pelo menos duas vezes por dia. Porém, visando ajudar a combater problemas na gengiva, algumas pessoas precisam escovar os dentes mais de duas vezes, essencialmente após cada refeição. Observe os seguintes procedimentos:
 
1) Use uma escova de cerdas macias, fazendo movimentos curtos e suaves.
 
2) Efetue diariamente a limpeza entre os dentes, utilizando fio dental ou, se necessário, uma escova ou outro material especialmente desenvolvido para essa finalidade.

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