Dilma empossa seis novos ministros

Em discurso, presidente também desejou sorte aos ex-titulares e muitas realizações para os ocupantes de cada pasta que assumiram hoje
 
Com informações das agências Brasil e Estado
 
Pastas que tiveram troca de comando foram Agricultura, Cidades, Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo
(Foto: Agência Brasil)
 
A presidente da República, Dilma Rousseff (PT), efetuou alterações no comando de seis dos atuais 39 ministérios do governo federal, empossando, na manhã desta segunda-feira (17), em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, novos ministros para ocupá-los. Na ocasião, Dilma desejou sorte aos antecessores e muito trabalho aos novos comandantes das respectivas pastas.
 
“A esses parceiros de jornada que hoje se afastam do governo, desejo sorte e sabedoria para os nossos desafios. Dedico a cada um de vocês um sincero e caloroso muito obrigada”, discursou a presidente, que havia trocado cinco titulares nos últimos meses (veja abaixo). E acrescentou: “Vocês contribuíram para a construção e para a consolidação de um projeto de Brasil que propiciou algo raro: crescer e diminuir a desigualdade”.
 
Cinco dos seis ministros recém-exonerados são pré-candidatos a cargos eletivos no pleito de outubro. A exceção é Marco Antônio Raupp, da Ciência, Tecnologia e Inovação, que, segundo Dilma, vai “assumir novos desafios profissionais” voluntariamente. Em substituição a Raupp, ela indicou Clélio Campolina Diniz, que até o momento da posse era reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
 
Campolina declarou à Agência Estado que não houve insatisfação, por parte da presidente, em demitir seu antecessor. “Sou amigo pessoal do Raupp e foi uma decisão que eles (Dilma e o ex-ministro) tomaram. Ele quer voltar à sua vida acadêmica e científica e portanto não há nenhum conflito ou descontinuidade”, corroborou.
 
Mudanças em outras pastas
 
No Ministério do Desenvolvimento Agrário, o deputado federal Pepe Vargas (PT-RS) foi substituído pelo ex-presidente da Petrobras Biocombustíveis, seu conterrâneo Miguel Rossetto, que havia chefiado a pasta na primeira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e 2006. O vice-presidente de Governo da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, assumiu o lugar do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) no Ministério das Cidades.
 
Já na Pesca e Aquicultura, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) renunciou à titularidade da pasta, abrindo espaço para seu suplente e correligionário Eduardo Lopes, também pastor evangélico da Igreja Universal do Reino de Deus, assumi-la. Lopes terá a missão inicial de estudar o Plano Safra da Aquicultura, implantado em 2012 na tentativa de expansão, modernização e fortalecimento do setor pesqueiro.
 
“Quero olhar de perto os números do Plano Safra. Quero também ficar muito atento à questão da produção, que cresceu quase 70% no ano passado, e uma meta seria manter a mesma média de produção, o que colocaria o país neste ano produzindo 4 milhões de toneladas de peixes”, disse, em entrevista à Agência Estado.
 
O ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, entrou no lugar do deputado Antônio Andrade (PMDB-MG) para conduzi-lo. E para a pasta do Turismo, comandada anteriormente por seu colega de parlamento e de partido Gastão Vieira, do Maranhão, a presidente nomeou o ex-gerente de assessoria internacional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Vinícius Nobre Lages.
  
Segundo Dilma, este ano será de muitas realizações em diversos setores
(Foto: Roberto Stuckert Filho/Planalto – 02/03/2014)
 
Ano repleto de ações
 
Dilma Rousseff prometeu, durante a solenidade de posse dos novos ministros, que 2014 trará à nação uma temporada marcada por “muitas realizações na agropecuária, na agricultura familiar, no desenvolvimento da pesca, na melhoria da mobilidade urbana em nossas cidades, no estímulo à inovação tecnológica e à pesquisa científica, no acolhimento profissional e, ao mesmo tempo, (será um ano) caloroso dos turistas que vêm ao Brasil”.
 
A presidente destacou ainda as expectativas de que os seis titulares recém-empossados do seu ministério, por intermédio dos itinerários e das experiências de cada um deles, contribuam para a continuidade das ações governamentais. “Estou certa de que (os novos ministros) me ajudarão a fazer de 2014 um ano profícuo para o país”, afirmou.
 
Cinco ministros haviam deixado cada cargo
 
Entre janeiro e fevereiro, Dilma já havia promovido a etapa inicial da reforma ministerial, com cinco modificações nas titularidades de cada pasta. Na época, os então ocupantes da Casa Civil, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR); do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel; da Educação, Aloízio Mercadante; da Saúde, Alexandre Padilha; e da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas, deixaram seus ministérios.
 
Gleisi, Pimentel e Padilha foram exonerados para concorrer aos governos dos estados do Paraná, de Minas e de São Paulo, respectivamente, pela legenda petista. No entanto, Mercadante foi remanejado para a Casa Civil.
 
Hoje, o Ministério do Desenvolvimento está sendo ocupado pelo ex-presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges; o da Educação, pelo ex-secretário-executivo da pasta, José Henrique Paim Fernandes; o da Saúde, pelo ex-secretário municipal da área em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, Arthur Chioro; e a Secretaria de Comunicação, pelo ex-porta-voz da Presidência, Thomas Traumann.

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