PDT se alia aos petistas em São Paulo

Ex-ministro do Trabalho, Carlos Lupi decretou oficialmente o rompimento dos pedetistas com governo Alckmin: “Não vamos pegar leve com o Geraldo”
 
Com informações da Agência Estado
 
Lupi assumiu o comando do PDT em âmbito paulista por causa da desfiliação do sindicalista e deputado Paulinho da Força, que fundou o Solidariedade
(Foto: Arquivo)
 
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, oficializou o rompimento da legenda com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e a aliança com o PT em nível estadual. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Lupi garantiu que “não vamos pegar leve com o Geraldo”, e que seu partido agora passa a se opor ao tucano de forma clara e nítida.
 
A adesão dos pedetistas paulistas à base do governo federal se dá no momento em que negocia nacionalmente, com vistas ao pleito do próximo ano, o apoio da sigla para a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) ou ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
 
Ministro do Trabalho entre 2007 e 2011, Lupi assumiu também o controle do PDT em São Paulo com a desfiliação do sindicalista e deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, para fundar um novo partido, o Solidariedade (SDD), no final de setembro. "O acordo do PDT com o Alckmin foi feito pela figura do Paulinho como presidente da Força (Sindical)", esclareceu ao Estadão.
 
Com candidato próprio
 
Enquanto os petistas deverão indicar o nome do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, como pré-candidato à corrida sucessória do próximo ano para o Palácio dos Bandeirantes, Carlos Lupi afirmou que sua legenda pretende lançar candidatura própria, com o deputado estadual Major Olímpio. O dirigente do PDT, porém, anunciou uma provável aliança com o PT no segundo turno.
 
Lupi disse ainda que, com relação à postura a ser adotada pelo partido instituído por Leonel Brizola (1922-2004) em 2014, existe uma tendência de aproximação com Dilma. No entanto, ele também admite as negociações com o socialista Eduardo Campos, outro postulante à Presidência da República.
 
"Não existe alinhamento automático na política. Tenho um diálogo permanente com o governador Eduardo Campos e o PSB tem diálogo histórico com o PDT. Na política, quem descarta hipóteses se isola, e nós não queremos ficar no isolamento”, frisou.

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