Aprovada criação da Frente das Baianas

Proposto por vereadora socialista, colegiado propõe ações que defendem o ofício das baianas de acarajé e outros patrimônios imateriais da Bahia, como a capoeira

Com informações da assessoria de imprensa de Fabíola Mansur
 
Frente das Baianas será composta pela idealizadora Fabíola Mansur (acima) e por mais quatro colegas de parlamento
Valdemiro Lopes/CMS
 
Vereadores de Salvador aprovaram a criação da Frente Parlamentar em Defesa do Patrimônio Imaterial, já conhecida como Frente em Defesa das Baianas de Acarajé. A proposta tem autoria da líder do PSB na Câmara Municipal, vereadora Fabíola Mansur, que comemorou a aprovação na última quinta-feira (24), no plenário Cosme de Farias da Casa Legislativa.

Cabe ao colegiado, em consonância com o projeto, propor, analisar e desenvolver estudos e projetos, além de fiscalizar e viabilizar iniciativas dos poderes Executivo e Legislativo que objetivam a promoção de ações vinculadas à defesa dos patrimônios imateriais do ofício das baianas de acarajé, do samba de roda do Recôncavo, da capoeira e da Festa do Nosso Senhor do Bonfim.

Tendo Fabíola Mansur como requerente, a Frente das Baianas será constituída por ela e por mais quatro colegas de plenário, que cooperaram na concretização da proposta. São eles, a saber: Aladilce Souza (PC do B), Edvaldo Brito (PTB), Gilmar Santiago (PT) – líder da bancada oposicionista na Câmara – e Sílvio Humberto (PSB).
 
Em audiência realizada em setembro, foi debatida decisão judicial que torna proibida a venda do acarajé nas praias
Antônio Queirós/CMS – 19/09/2013
 
Ideia surgiu de audiência
 
Segundo a assessoria de imprensa da líder socialista na Casa, a ideia de criar a frente parlamentar, agora sacramentada, originou-se a partir da audiência pública “Baianas de Acarajé: impactos do Decreto 12.175/98”, ocorrida em 19 de setembro, no Centro Cultural da Câmara Municipal de Salvador, e convocada pela própria edil.

O encontro, que contou com a presença de vereadores, membros da categoria e representantes dos governos estadual e municipal, debateu na ocasião a liminar do juiz da 13ª Vara Federal, Carlos d’Ávila, que proíbe o comércio fixo do bolinho de feijão imerso em azeite de dendê aquecido na areia das praias soteropolitanas. “Junto com as baianas, apresentarei um pedido à prefeitura de adiamento da portaria que proíbe a atividade”, solicitou Fabíola.

Tanto as baianas de acarajé quanto a prefeitura estão à beira de um impasse, a pretexto de o Poder Executivo municipal reivindicar a desmontagem dos tabuleiros onde são comercializados o quitute e outras iguarias típicas. A prefeitura alega que a decisão judicial que determinou a retirada das barracas de praia seja estendida às baianas, que prometem, como forma de protesto, ficar 24 horas sem oferecer aos degustadores o tradicional bolinho.

Prefeitura reivindica desmontar os tabuleiros onde famosa iguaria é comercializada
Divulgação

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