Fórum da Copa 2014 prega a inclusão

Organizada pela Secopa, terceira edição da cerimônia foi realizada hoje, abrindo com uma sequência de pronunciamentos curtos sobre os benefícios da competição futebolística em nível local

Autoridades diversas discursaram por poucos minutos ao introduzir os painéis e as palestras do fórum
(Foto: Hugo Gonçalves)

A fim de fazer do próximo Mundial um ambiente oportuno aos destinos da Bahia, o governo do estado, através da Secretaria para Assuntos da Copa do Mundo da Fifa Brasil 2014 (Secopa), realizou o terceiro Fórum Bahia Copa 2014. Membros da sociedade civil, cadeirantes, autoridades políticas e judiciárias, representantes governamentais, entre outros, compareceram ao ciclo de palestras com temas pertinentes ao torneio, nesta segunda-feira (12), no centro de convenções do Gran Hotel Stella Maris.

Na solenidade de abertura do fórum, que este ano teve como lema "Por uma Copa inclusiva", houve a execução, em vídeo, dos Hinos Nacional Brasileiro e ao 2 de Julho, o hino oficial baiano. Ambos foram interpretados magistralmente pelo cantor Tatau, acompanhado dos Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojibá), no Teatro Castro Alves, no ano passado.

Outro material audiovisual foi exibido em seguida, registrando os melhores momentos da Soccerex, a magnificente e mais relevante feira do setor de negócios do futebol do mundo, que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro no final de novembro.

Depoimentos do secretário da Secopa, Ney Campello; do ministro do Esporte, Aldo Rebelo; do ex-presidente da Federação Internacional de Futebol Associativo (Fifa), João Havelange; dos ex-jogadores Carlos Alberto Torres e Jairzinho, tricampeões mundiais em 1970; do técnico da seleção do Iraque, Zico; do ex-técnico da seleção brasileira Zagallo; do publicitário Nizan Guanaes; e dos governadores Sérgio Cabral (RJ) e Jaques Wagner (BA), inseridos no vídeo da Soccerex, demonstraram que eles foram unânimes em afirmar a inclusão do estado no espectro das sedes da Copa.

Presença de cadeirantes no evento justificou seu conceito, a inclusão social na Copa
(Foto: Hugo Gonçalves)

Um campeonato acessível

Ao introduzir os painéis e as palestras do encontro, os componentes da mesa saudaram a plateia com seus breves pronunciamentos. Campello percebeu a questão da acessibilidade como um dos temas que prevalecem na agenda do Mundial. "Falamos muito do porto, do aeroporto, da mobilidade urbana, mas precisamos falar mais das pessoas, do capital humano", pontua o titular da Secopa. Ele também observou o impressionante sucesso da delegação brasileira nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, no México: o país se tornou campeão absoluto em número de medalhas.

Para o conselheiro do Conselho Estadual de Pessoas com Deficiência, João Prazeres, os portadores de necessidades especiais que moram em Salvador poderão ter "plenas condições e se deslocar para a Arena Fonte Nova". A meta, segundo Prazeres, é assegurar-lhes uma Copa acessível.

Os impactos ambientais no entorno da futura arena foi o assunto do pronunciamento do vereador Sandoval Guimarães (PMDB), que representou a Câmara Municipal de Salvador na cerimônia. Na sequência, o superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) na Bahia, Edival Passos, explicou, em linhas gerais, o programa Sebrae 2014.

Desde 2009, a iniciativa, com vistas à competição, diagnosticou, até 2010, os setores econômicos prioritários em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), desenvolve ações de capacitação profissional, relacionamento com as micro e pequenas empresas e faz divulgar os classificados de oportunidades de negócios para a preparação da Copa em território baiano.

O secretário do Turismo, Domingos Leonelli, em seu rápido discurso, é explicitamente favorável à "profunda democracia com a ideia de inclusão". Ele ficou contente com a percepção de que o principal legado do Mundial 2014 será o capital humano, constituído durante o seu processo, que providenciará efeitos satisfatórios no quadro social.

Subscrito pelo governo estadual e pelo Sebrae, convênio técnico-financeiro celebra legados
(Foto: Hugo Gonçalves)

Midiatismo e necessidade de se transformar

Representando o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa 2014, Ricardo Teixeira, o diretor de relações institucionais do comitê, Fábio Starling, vislumbra que o torneio será um evento midiático inesquecível na Bahia, no país e no mundo. "O futebol, como ferramenta transformadora da sociedade e paixão do povo brasileiro, tem essa missão importante até 2014", alegra-se Starling.

Secretário nacional de Desenvolvimento Turístico do Ministério do Turismo, o baiano Fábio Mota pretende garantir para Salvador recursos destinados à acessibilidade, a obras de requalificação da Feira de São Joaquim, do Centro de Abastecimento (Ceasa) do Rio Vermelho e do Centro Histórico.

Houve, ainda, a assinatura do convênio de cooperação técnica e financeira entre o Sebrae e a Secopa, que objetiva a expansão dos legados sociais na cidade. Conforme o secretário da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Almiro Sena, o próximo Mundial se direciona substancialmente para as pessoas com deficiência. "Essa Copa tem um sujeito específico e determinado, o cadeirante", pondera Sena, último orador da série de pronunciamentos de abertura do fórum.

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