Perfil: Cláudio Colavolpe

A videorreportagem que se segue é uma síntese da vida e da obra do fotógrafo e professor dos cursos de Comunicação Social, Design e Fotografia do Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge) Cláudio Colavolpe, 43 anos, um dos mais experientes de Salvador. No material audiovisual, Cláudio explicita-nos sua breve biografia, na qual ele conta sua infância, passando pelo nascimento de sua filha Clara, há 15 anos, até seu momento atual, cujo clímax como docente foi alcançado num trabalho orientado por ele, intitulado Eu Queria Ser (EQS), em 2010 e 2011, no qual cada estudante ou funcionário da Unijorge teve o privilégio de se caracterizar de qualquer personagem, concreto ou abstrato.

Sob a fiel orientação da professora Silvana Moura, de Telejornalismo, esta matéria, saga de um exímio construtor de excelentes imagens, que foi a segunda da disciplina, foi produzida em conjunto entre eu, Camila Barreto, Taísa Conrado, Thyara Braga e Thiago Bagues, estudantes do 5º Semestre de Jornalismo e ex-alunos de Cláudio. Para a locução dos offs (narração), foi indicada uma das componentes do nosso grupo, Thyara, dona de um timbre de voz límpida, maravilhosa e indefectível.

O perfil de Cláudio Colavolpe, nosso sincero e genial ex-professor, foi elaborado entre os dias 1º e 9 de junho deste ano, com inumeráveis sessões que exigiram tolerância, cautela, prudência e perfeição, desde a filmagem das primeiras cenas até a edição e a finalização. As imagens foram gravadas no estúdio fotográfico de Cláudio, o Studio F16 (onde foram feitas as entrevistas), situado à Avenida Paulo VI, na Pituba, localidade nobre de Salvador, e no próprio Campus Paralela da Unijorge.

Apesar de o fotógrafo ser o majestoso protagonista desta incrível, peculiar e emocionante história de vida, depoimentos elogiosos de alguns amigos são inseridos na videorreportagem de 4 minutos e 24 segundos. A estudante de Publicidade e Propaganda, Nilza Gomes; e dois estagiários do centro universitário, Celestino Magalhães (Neto), do estúdio fotográfico, e Webert Costa, do Laboratório de Comunicação (Labcom), demonstram com brevidade o otimismo de Cláudio retribuído por seus alunos e amigos devido a seu desempenho como professor.

Insiro, abaixo, o perfil de Cláudio Colavolpe, com cenas em preto e branco e em cores, um primor de vídeo enriquecido com detalhes e, a seguir, reproduzo a transcrição integral do seu texto. Por favor, acompanhem a leitura do texto abaixo escutando a matéria.



Thyara Braga (off de abertura) – Um sonhador comprometido com a missão de ensinar. Um descobridor de um mundo novo através das lentes. Um profissional que acredita que o humor é um aliado nos altos e baixos da vida. Em alguns desses traços, se descreve o fotógrafo e professor da Unijorge José Cláudio Rocha Colavolpe. Nascido em 24 de abril de 1968, cresceu numa disciplina rígida no Colégio Antônio Vieira, em Salvador. Morava com a mãe em Brotas, e nos finais de semana ficava com o pai no bairro do Canela. Lá jogava bola no meio da rua e curtia muito como um garoto comum. Era inquieto e aprontava muito.

Cláudio Colavolpe (no Studio F16) – Era garoto, várias vezes eu caía da rede, batia a cabeça e fingia que estava desmaiado, meus pais me pegavam, botavam no carro e me levavam para o hospital. Eu estava aí no carro, começava a dar risada, eu sempre fui de aprontar muito.

Thyara Braga (off) – Este ano (1996) é, para Cláudio, o mais marcante da sua vida. Nasce Clara, sua filha, e, junto com ela, uma habilidade que ele não sabia que mudaria de vez seus rumos e as incertezas que tinha profissionalmente.

Cláudio Colavolpe (no Studio F16) – 1996. Quando minha filha nasceu, sempre fui meio traumatizado assim porque minhas fotos de criança não eram fotos muito nítidas. Era mais um registro da minha filha, eu quero que seja perfeito. E comprei uma câmera, e comecei a praticar fotografando minha filha. Na verdade foi um acidente, foi algo premeditado ser ou não ser fotógrafo. Comecei a ler, comecei a me interessar e, a partir daí, eu digo “Pô, é isso que eu quero em minha vida”.

Thyara Braga (off) – Em 2001, foi convidado a trabalhar como técnico em laboratório, e logo viria a lecionar em faculdade após um ano de pós-graduado em Marketing.

Nilza Gomes (estudante de Publicidade e Propaganda e aluna de Cláudio) – É uma pessoa que gosta de ensinar, você percebe que ele gosta de passar informação.

Celestino Magalhães (estagiário do estúdio fotográfico da Unijorge) – Essa bagagem que ele já traz aqui para a faculdade, essa experiência profissional dele.

Webert Costa (estagiário do Laboratório de Comunicação da Unijorge, o Labcom) – E é uma satisfação para mim estar aprendendo com um dos maiores profissionais do ramo de fotografia.

Thyara Braga (off) – Cláudio ousou ao trazer para seus alunos da Unijorge as possibilidades de juntar arte, fotografia e imaginação num projeto acadêmico chamado EQS (Eu Queria Ser), inspirado num livro de mesmo nome lançado em 2009 pela fotógrafa Priscila Prade, utilizando artistas brasileiros como modelos.

Cláudio Colavolpe (no Studio F16) – Na verdade, eu sempre tive essa ideia. Assim que passou por minha cabeça, fazer fotos. Isso é meu assim. Eu olho muito para as pessoas e gosto muito de associar aquelas pessoas a outras conhecidas. Então eu olho para a figura e olha: “Olha, pô, fulano é a cara de sicrano”. Ela sempre contém muito apelido assim. Certo? De olhar e remeter essas pessoas a seus respectivos sósias. Então, eu tive essa vontade de fazer, tinha uma vontade de fazer esse trabalho.

Cláudio Colavolpe (na área externa da Unijorge Paralela) – Apresenta na verdade a integração de todos os setores da Unijorge, os profissionais que trabalham aqui e os alunos que fazem parte da instituição. Isso para mim é muito importante, que é como eu sempre falo em todas as aulas, tem pessoas que mal falam quando passam pela gente, às vezes até por timidez. Funcionários do apoio, que a gente passa todo dia e se quer dar “Bom dia”, e como essas pessoas também se sentem realizadas quando são convidadas para fotografar. Então, essa integração é esse esforço que vocês fazem, esse esforço que as pessoas todas juntas fazem, é que me dá essa sensação de gratificação que eu tenho. Porque eu penso em pegar essas fotos que foram feitas aqui, e as fotos que foram feitas no ano passado e de tirar, fazer um apanhado dessas melhores fotos e fazer um livro delas.

Thyara Braga (off de encerramento) – Prêmios, reconhecimento, dinheiro e fama. Alguns desses itens foram conquistados ao longo de sua carreira, mas para Cláudio, não são os ideais mais importantes da sua profissão. Hoje, aos 43 anos, sua maior alegria é poder transmitir seu trabalho com dedicação aos jovens que partiram da mesma paixão pela fotografia e viver em equilíbrio.

P.S.: Agradecemos esta videorreportagem, em primeiro lugar, ao grande personagem desta saga, Cláudio Colavolpe, aos seus familiares, em particular à sua filha adolescente Clara, ao estagiário do Laboratório de Comunicação (Labcom), Diogo Soares, e aos alunos e funcionários da Unijorge, que nos auxiliaram nos mais difíceis períodos de edição e de finalização deste importante material.

Comentários