Obama telefona para Dilma

Ligação efetuada hoje pelo presidente dos Estados Unidos altera agenda da colega brasileira, que a recebeu

Com informações da Agência Estado

A presidente da República, Dilma Rousseff (PT), recebeu na tarde desta sexta-feira um telefonema inesperado do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O pedido de conversa por parte de Obama, responsável por modificar a agenda da presidente brasileira, foi visto por diplomatas como um gesto de reconhecimento pela mudança na atitude do Palácio do Planalto nos fóruns de nível internacional.

O diálogo telefônico firmado entre os dois chefes de Estado serviu para flexibilizar as tensões provocadas pelas notas do Planalto e do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, visando criticar abertamente os ataques à Líbia.

Agradecimento pela recepção

O porta-voz do Planalto, Rodrigo Baena, afirmou em entrevista que, durante o diálogo, Obama agradeceu a Dilma pela "hospitalidade maravilhosa" que ele, sua esposa Michelle e suas filhas, Malia e Sasha, tiveram quando visitaram o Brasil no último fim de semana. Na conversação, Dilma acreditou estar muito satisfeita com a visita do seu colega estadunidense, considerada por ela como um marco fundamental nas relações entre as duas nações do continente americano.

Durante um discurso que Obama proferiu na Cinelândia, no Rio de Janeiro, no último domingo, dia 20, a presidente brasileira agradeceu-lhe pelas "gentis palavras" que ele pronunciou. O presidente dos Estados Unidos havia mencionado a trajetória polícia de Dilma, sublinhando a época em que, quando ela foi presa e torturada nos chamados "anos de chumbo" da ditadura militar, soube viver sem os direitos humanos.

Rodrigo Baena relatou que Dilma declarou a Obama sobre a necessidade do prosseguimento nas discussões para que as relações entre os dois países pudessem progredir. Para retribuir a "excelente" passagem pelo Brasil, Obama convidou Dilma a visitar os Estados Unidos. A presidente brasileira afirmou que terá um prazer enorme em viajar ao país, mas a data não foi definida. Inicialmente, ela estará em Nova York com o objetivo de participar da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro.

Comentários