Em casa, Dilma inicia negociação para a transição

Após vitória consagradora no segundo turno, presidente eleita se reuniu com coordenadores, definindo, além do processo sucessório, a agenda pós-campanha

Com informações da Reuters, da Agência Brasil e do portal G1

Durante reunião com a coordenação política da sua campanha em sua residência em Brasília, nesta segunda-feira, a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) determinou seus compromissos para os próximos dias e os detalhes do processo de transição. Os coordenadores encarregados da transição deverão ser confirmados nesta quarta-feira, dia 3. O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, coordenará as negociações políticas, enquanto o deputado federal Antônio Palocci (SP), ex-ministro da Fazenda e seu correligionário, será incumbido das questões técnicas, em particular a economia.

Para o governo, o nome mais cotado para compor a junta coordenadora deverá ser o do ministro-chefe interino da Casa Civil, Carlos Eduardo Esteves Lima, que substituiu Erenice Guerra em setembro. Dilma se reunirá com a equipe de transição pela primeira vez na próxima sexta-feira, dia 5, no gabinete que será instalado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. A instalação do gabinete de transição custa R$ 2,8 milhões, e a equipe preparatória para a futura gestão será composta por 50 funcionários para trabalhar até 31 de dezembro.

Viagens

Dilma cumprirá, nas semanas subsequentes, suas obrigações depois de sua histórica vitória como a primeira mulher a governar o Brasil, de acordo com sua assessoria. No sábado, dia 6, a presidente eleita viajará a descanso no Rio Grande do Sul, onde exerceu diversos cargos públicos, retornando a Brasília no dia seguinte. Para o assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, estão confirmadas as duas primeiras viagens internacionais que ela fará na próxima semana: à África, a começar por Moçambique, e a Seul, na Coreia do Sul, onde acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cúpula do G-20, grupo das 20 maiores economias mundiais.

“Ainda vamos conversar, comemorar um pouquinho. Vamos receber as orientações agora, trocar ideias”, afirmou o coordenador jurídico da campanha de Dilma, deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP), a jornalistas, na casa da primeira mulher presidente do Brasil. Cardozo declarou que não há previsibilidade da montagem do esquema para o novo governo. “A ministra vai definir com tranquilidade a sua equipe. Não existe ninguém cotado nem referenciado para nada”.

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