Me sinto livre na ilha

Véspera de feriado em homenagem aos trabalhadores. Nesse dia, nossa família unida sempre repete a mesma história, muito comum em outros feriados, recessos juninos e férias estivais. Apesar de fazer parte do outono (ou pré-inverno), o feriado do trabalho foi propício a um momento que se assemelha a um "novo verão". Deixei para trás meus estudos, só que temporariamente, para eu descansar na minha vivenda particular, cada vez mais longe das agitações e das confusões urbanas.

Dirigimo-nos ao terminal marítimo com a importante missão de realizarmos, em meia hora, a travessia com qualquer uma das embarcações do sistema ferry-boat. Para que isso acontecesse, foi necessária mais de meia hora... E, enquanto esperávamos o próximo ferry, saciei minha fome comendo, por incrível que pareça, uma empada de carne seca. Um delicioso salgado cujo recheio achei muito impressionante. Nunca o experimentei em minha vida.

Surpreendentemente, entramos numa embarcação mais rápida e moderna, cuja cabine é climatizada, digna de um ônibus executivo. Eu estava dentro desse mesmo ferry, acompanhado de minha mãe, assistindo a um filme da Sessão da tarde, mas não prestei atenção ao seu enredo. Meu pai e meu irmão, por outro lado, estavam na área externa lendo o jornal, cujo exemplar daquele dia trouxe, como suplemento extra, uma revista especializada em imóveis, arquitetura e decoração.

Ao lado de minha mãe, senti fortes dores de cabeça em decorrência do meu cansaço diário. Fiquei relaxando de olhos fechados e semiabertos durante poucos minutos, até nos desembarcarmos em outro terminal. De repente, já em Itaparica, minha mãe comprou um comprimido para eu tomar e fiquei bem melhor durante o percurso na estrada até o nosso recanto de veraneio. Chegamos lá e arrumamos tudo para nos proporcionar mais diversão no feriado que durou dois dias.

Estávamos curtindo alegremente nossa estadia num dos lugares mais bonitos, tranquilos e bucólicos da ilha. Adoro esse lugar, pois é um verdadeiro paraíso, onde a Mata Atlântica nos dá um grandioso prazer de desfrutá-lo. O que mais chamam minha atenção lá são as alternativas de lazer, de entretenimento e de saúde para que as pessoas se sintam cheias de vitalidade e de bom humor. Por isso, saúde é fundamental para que todos nós nos interajamos com a natureza, mesmo enfrentando os obstáculos nela presentes.

Quando estou na varanda da nossa vivenda, me sinto livre, feliz e saudável por eu estar em perfeita sintonia com o meio ambiente que, por sua vez, é comprometido pela ação humana. Sinto um profundo e maravilhoso cheiro de mato verde contido no mais puro e esplêndido ar, que é uma complexa combinação de nitrogênio, oxigênio e outros gases. Estes, somados à suave brisa marítima e ao duradouro e indestrutível aroma da Mata Atlântica, fazem com que eu respiro o ar à vontade.

Liberdade é a palavra-chave que melhor combina com a minha convivência não só na ilha, mas também em outros lugares que eu saio. Ser livre é desfrutar de todas as maravilhas que a vida nos oferece por meio dos grandes projetos divinos. Nossa liberdade de estar num ambiente agradável nos foi obtida como um privilégio milagroso, uma obra de Deus. Daqui para a frente, novas oportunidades de sentir o ar puro e o aroma vindo do verde no campo chegarão até nós.

Nossas sucessivas oportunidades de estadias numa área semirrural, distante do caos de uma grande cidade como Salvador, surgirão nos próximos feriados e nas longas e quentes férias de verão. Os dias, portanto, serão totalmente espetaculares e reservados para a mais divertida jornada no nosso campo privativo.

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